Brasil

Relator propõe convocar Costa, Youssef e Cerveró

O relator disse que seria melhor ouvir depois o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e da atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster


	Marco Maia: relator não expôs as razões da escolha do trio logo no início
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marco Maia: relator não expôs as razões da escolha do trio logo no início (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 18h33.

Brasília - O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), propôs nesta segunda-feira, no plano de trabalho, a aprovação prioritária das convocações do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e do também ex-diretor Nestor Cerveró.

"Esses que aqui, na minha compreensão, deveriam ser os primeiros a serem ouvidos e depois na sequência deveríamos ouvir outros", sugeriu Marco Maia.

Ele não expôs as razões da escolha do trio logo no início.

Paulo Roberto foi preso por tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal e solto recentemente por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Alberto Youssef, por sua vez, continua preso na mesma operação. Nestor Cerveró foi o responsável pelo resumo executivo que levou a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras, a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, Dilma disse que o resumo de Cerveró era incompleto e, se tivesse tido acesso a todas as cláusulas, não teria aprovado a operação.

Segundo o presidente da CPI mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o relator apresentou uma lista de 221 requerimentos para serem aprovados em bloco.

Vital anunciou ter concedido vista coletiva do plano de trabalho apresentado, o que significa que ele só será votado amanhã pela comissão.

Assim como previsto no requerimento da comissão, Marco Maia quer investigar os quatro eixos: a refinaria de Pasadena, as denúncias de pagamento de propina pela SBM, as plataformas e as obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e outras.

O relator disse que seria melhor ouvir depois o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e da atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

Segundo ele, os dois já depuseram outras vezes tanto na CPI exclusiva do Senado como em comissões temáticas da Câmara e do Senado.

Marco Maia propôs também que se aprove pedidos de informações de outros órgãos, como a Justiça do Paraná, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou o plano de trabalho, lembrando que há na relação pedidos de investigação que envolvem o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Um dos mencionados é o ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo David Zylbersztajn, ex-genro de FHC. Para o deputado do DEM, não há problemas em investigar governos passados, mas o foco da CPI são as denúncias que estão sendo reveladas atualmente.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCaso PasadenaCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGovernoIndústria do petróleoIrregularidadesOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho