Brasil

Relator exclui Dilma e Lula do relatório da CPI do BNDES

Retirada foi uma tentativa de construção de um acordo com deputados da oposição, porém não gerou o resultado esperado

Dilma e Lula: oposição diz que os nomes foram incluídos com base apenas nos cargos públicos que os acusados ocuparam (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma e Lula: oposição diz que os nomes foram incluídos com base apenas nos cargos públicos que os acusados ocuparam (Ueslei Marcelino/Reuters)

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), retirou da lista de indiciados do seu parecer os nomes dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de outras nove pessoas investigadas. A ação foi uma tentativa de construção de um acordo com deputados da oposição. Porém, a retirada não gerou o resultado que o parlamentar esperava e o acordo não foi fechado.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) disse que os indiciamentos foram feitos sem provas para embasar as acusações, e que os nomes foram incluídos com base apenas nos cargos públicos que os acusados ocuparam.

Os deputados vão tentar retomar as discussões depois do fim da Ordem do Dia do Plenário da Câmara ainda nesta quarta. A previsão é que os debates durem pelo menos três horas. O relatório ainda poderá sofrer modificações antes da votação. Se o texto de Côrtes for rejeitado, a CPI será finalizada sem relatório, uma vez que não existe o chamado “relator do vencedor” em CPIs.

A CPI

Instalada em março, a CPI tem como finalidade de “investigar a prática de atos ilícitos e irregulares no âmbito do BNDES ocorridos entre 2003 e 2015 e relacionados à internacionalização de empresas brasileiras”. O texto destaca os negócios com os grupos Odebrecht e J&F “devido aos montantes envolvidos”, explicou Côrtes.

Acompanhe tudo sobre:BNDESCPIDilma RousseffLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF