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Relator do STJ vota pela liberdade de executivo da Odebrecht

Ribeiro Dantas argumentou que não há elementos que sustentem a prisão cautelar do executivo


	Odebrecht: "É preciso dar um basta à tentativa de tornar pessoas que são inocentes em exemplos para a sociedade leiga", defendeu a advogada Flávia Rahal
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Odebrecht: "É preciso dar um basta à tentativa de tornar pessoas que são inocentes em exemplos para a sociedade leiga", defendeu a advogada Flávia Rahal (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 16h42.

Brasília - O ministro Ribeiro Dantas, relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou nesta quinta-feira, 10, pela revogação da prisão preventiva de Rogério Araújo, ex-diretor da Odebrecht preso por suspeita de corrupção, lavagem de ativos, fraude a licitações e crime contra a ordem econômica supostamente praticados em contratos da Petrobras.

O ministro Felix Fischer, no entanto, pediu vista do caso e suspendeu o julgamento.

Ribeiro Dantas argumentou que não há elementos que sustentem a prisão cautelar do executivo.

O ministro defendeu a aplicação de outras medidas, como monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar integral e afastamento absoluto de Araújo das empresas, além da proibição de que ele mantenha contato com os outros investigados pela Lava Jato.

De acordo com a defesa de Araújo, os investigados têm sido mantidos presos sem fundamentos concretos. Segundo ela, seu paciente teve oportunidade de fugir, mas não o fez.

"É preciso dar um basta à tentativa de tornar pessoas que são inocentes em exemplos para a sociedade leiga", defendeu a advogada Flávia Rahal.

Para o subprocurador do Ministério Público Federal, Mário Jose Gizi, a prisão preventiva de Araújo deve ser mantida porque há indícios concretos do potencial e da gravidade que a Odebrecht e seus funcionários têm para interferir nas investigações em curso no âmbito da Lava Jato.

"A atividade da empresa se desenvolve em cima de negócios ilícitos, e seus funcionários sabem que ainda há muito a ser investigado nos contratos da empreiteira com o poder público."

Araújo foi preso em 19 de junho, quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, a 14ª etapa da Operação Lava Jato.

Além dele, outros executivos, como o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e Márcio Faria, outro ex-diretor, foram presos na mesma ocasião, investigados pelo mesmo crime de Araújo.

Na semana passada, o ministro Ribeiro Dantas também votou pela libertação dos dois.

Os recursos estão sob vista dos ministros Jorge Mussi, no caso de Odebrecht, e Felix Fischer, no pedido de Faria.

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