Brasil

Relator do mensalão absolve Duda Mendonça por saques

Joaquim Barbosa votou pela absolvição do publicitário da campanha de Lula em 2002


	O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2012 às 19h54.

Brasília - O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, votou pela absolvição do publicitário da campanha de Lula em 2002, Duda Mendonça, e de sua sócia Zilmar Fernandes pela acusação de lavagem de dinheiro relativa a cinco saques no Banco Rural. Ele vai analisar ainda a conduta dos dois relativa aos depósitos feitos no exterior na conta Dusseldorf. Duda e Zilmar são acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas pelos recursos recebidos no exterior.

Barbosa entendeu que, apesar de terem se beneficiado do mecanismo de lavagem de dinheiro disponibilizado pelo Banco Rural e por Marcos Valério, o publicitário Duda Mendonça e sua sócia poderiam não ter conhecimento de que o dinheiro recebido era proveniente de crimes. "Entendo que há dúvida razoável sobre se Duda e Zilmar tinham conhecimento dos crimes antecedentes".

O relator destacou ainda que a própria Zilmar fez os cinco saques no montante de R$ 1,4 milhão disponibilizado pelo esquema. Para o ministro, o objetivo dos publicitários seria apenas receber por serviços prestados ao PT na campanha de 2002. "Ao que tudo indica, o objetivo final de Duda e Zilmar era tão-somente o recebimento da dívida dos serviços publicitários que prestaram".

Barbosa afirmou que não há como comprovar a prática de lavagem de dinheiro. Disse que pode ter havido sonegação fiscal, mas que isso não foi denunciado pelo Ministério Público.

Acompanhe tudo sobre:PT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilPartidos políticosCorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaSupremo Tribunal Federal (STF)MensalãoJoaquim Barbosa

Mais de Brasil

Fuvest abre inscrições para vestibular 2026 com 8 mil vagas; veja cronograma

'Não existe possibilidade de recuar um milímetro', diz Alexandre de Moraes ao Washington Post

Congresso analisa esta semana projetos para proteger infância na rede

Federação critica lei que desobriga Petrobras de operar todo o pré-sal