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Relator diz que não há provas contra Temer em denúncia

Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) afirmou que a inclusão de Temer na denúncia não se apoia em testemunhas, provas e documentos colhidos na investigação

Paulo Abi-Ackel: em seu parecer lido no plenário, o tucano usou a maior parte do tempo para defender o governo Michel Temer (Antonio Augusto / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Paulo Abi-Ackel: em seu parecer lido no plenário, o tucano usou a maior parte do tempo para defender o governo Michel Temer (Antonio Augusto / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

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Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 11h02.

Brasília - O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), relator do parecer contrário à autorização da denúncia contra o presidente Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira que não há provas de envolvimento do chefe do Poder Executivo na acusação de recebimento de propina pelo ex-assessor dele Rodrigo Rocha Loures.

O relator afirmou, em pronunciamento no plenário da Câmara durante sessão destinada a debater e votar a denúncia, que a inclusão de Temer na denúncia não se apoia em testemunhas, provas e documentos colhidos na investigação.

"A denúncia, para alcançá-lo, submeteu-se ao fenômeno da derivação", criticou.

O deputado disse ainda que a rejeição da autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a denúncia contra Temer não causará "prejuízo" ao caso. Segundo ele, a denúncia fica paralisada até que Temer deixe o Palácio do Planalto e ela volte a prosseguir.

Em seu parecer lido no plenário, o tucano usou a maior parte do tempo para defender o governo Michel Temer.

Afirmou que, antes dele, o país se encontrava "literalmente paralisado", citando como exemplos as contas públicas em desordem, déficit fiscal crescente e a crise na Petrobras.

Segundo o relator, é preciso registrar os "acertos e benefícios" para o país na gestão Temer, como a reversão das expectativas negativas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

"O país se levantou, ou seja, está se levantamento", disse. "Será precisamente este o momento adequado para promover através da outorga... a destituição do presidente da República?", questionou.

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