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Relator de contas do governo anunciará parecer hoje

O relatório, entretanto, só será lido na Comissão Mista de Orçamento após o fim do recesso legislativo, em fevereiro


	O senador Acir Gurgacz: essa é a primeira vez que o TCU recomenda a rejeição das contas do governo desde 1937
 (José Cruz/ABr)

O senador Acir Gurgacz: essa é a primeira vez que o TCU recomenda a rejeição das contas do governo desde 1937 (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 14h59.

Brasília - O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), relator no Congresso das contas do governo em 2014, que foram reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), vai anunciar na tarde desta terça-feira, 22, seu parecer.

O relatório, entretanto, só será lido na Comissão Mista de Orçamento após o fim do recesso legislativo, em fevereiro.

Segundo Gurgacz, sua avaliação será "99% técnica e apenas 1% política". O senador acredita que a avaliação vai criar uma jurisprudência quanto à aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

"Tivemos um compromisso muito grande em fazer a coisa correta, porque tudo que o fizermos vai ter influência direta para os futuros presidentes e governadores. Temos que ter cuidado para não descaracterizar a LRF, e sim fortalecê-la", afirmou à reportagem.

Essa é a primeira vez que o TCU recomenda a rejeição das contas do governo desde 1937.

O relator confirmou que a presidente da Comissão Mista de Orçamento, Rose de Freitas (PMDB-ES), bem como presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já foram informados de sua decisão.

O governo, por outro lado, ainda não foi notificado. "Eles devem saber, mas não falei diretamente com o governo".

Gurgacz, que poderia deixar o anúncio de seu parecer para o próximo ano, disse que gostaria de cumprir com o compromisso que fez publicamente de entregar o relatório ainda em 2015.

Assim como afirmou quando foi anunciado relator do processo das contas presidenciais, ele voltou a dizer que seu relatório não pode influenciar no processo de impeachment da presidente.

"No meu entendimento, a reprovação não tem uma relação com o impeachment, teria se ela tivesse cometido algum crime, mas não houve nenhum crime", afirmou.

O senador se firma no mesmo entendimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que defende que a punição máxima para o caso de desrespeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias é o impedimento de se reeleger.

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