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Relator da CPMI da Petrobras pede indiciamento de 52 pessoas

O deputado Marco Maia reformou parecer para incluir pedido de indiciamento de 52 pessoas e aprofundamento de investigações sobre outras 8

O relator da Comissão Parlamentar Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS) (Wilson Dias/ABr)

O relator da Comissão Parlamentar Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS) (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 16h35.

Brasília - O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), reformou hoje (17) seu parecer, apresentado na semana passada, para incluir o pedido de indiciamento de 52 pessoas, o aprofundamento das investigações sobre outras oito e admitir o prejuízo de US$ 561,5 milhões na compra da Refirnaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Na semana passada, quando apresentou o relatório, Maia não pedia diretamente nenhum indiciamento, apenas reiterava os indiciamentos já feitos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato.

“Não cabe indiciamentos quando já foi feita a denúncia e alguns atores já até viraram réus. Mas, para que não pairem dúvidas, pedimos os indiciamentos”, esclareceu hoje o relator, lendo em seguida os 52 nomes que incluem os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró. Os indiciamentos diversos foram feitos pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa ou passiva.

Ele também pede o aprofundamento das investigações por crimes como pagamento de propina, fraude a licitações, formação de cartel e lavagem de dinheiro envolvendo as empresas Andrade Gutierrez Construções, Caide União, Consórcio Renest, Construções e Comércio Camargo Correia, Construtora OAS, Construtora Queiroz Galvão, Engevix Engenharia, Galvão Engenharia, Grupo Odebrecht, Iesa Projetos Equipamentos e Montagem, Daguá Equipamentos, Mendes Júnior, Metasa, Murano Brasil, OAS Engenharia e Participações, Toyo Setal e UTC Egenharia.

No relatório original, Marco Maia pedia que o Tribunal de Contas da União reavaliasse a decisão que considerou que a compra da Refinaria de Pasadena tinha causado prejuízo de US$ 792 milhões. Agora, no entanto, o relator disse ter recebido novas informações da Controladoria Geral da União (CGU), e admite que a compra da refinaria gerou prejuízos.

“Nós estamos portanto, admitindo no relatório desta CPMI que há prejuízo potencial de US$ 561,5 milhões no negócio de Pasadena”, disse Maia ao apresentar a retificação.

Logo após as correções apresentadas pelo relator foi a vez de a oposição começar a leitura do seu voto em separado, que pede o indiciamento de 59 pessoas e instauração de inquéritos contra 36 pessoas citadas nas investigações da Operação Lava Jato, além de responsabilizar a presidenta Dilma Rousseff por improbidade administrativa na compra da refinaria norte-americana.

Esse voto poderá ser incorporado por Marco Maia ao seu relatório principal, ou ser votado como alternativa ao dele.

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