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Relato de propina deve ser apurado, diz Marina

Candidata a vice da chapa de Eduardo Campos foi questionada sobre declarações do deputado José Augusto Maia


	Ex-senadora Marina Silva durante cerimônia com Eduardo Campos (PSB-PE)
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ex-senadora Marina Silva durante cerimônia com Eduardo Campos (PSB-PE) (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 08h54.

Rio Branco - A candidata a vice-presidente pelo PSB, Marina Silva, disse, na quinta-feira, 24, que toda denúncia deve ser investigada, ao ser questionada sobre as declarações do deputado José Augusto Maia (PROS-PE), que afirmou ter recebido ofertas de dinheiro para que seu partido integrasse a coligação de apoio a Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco e afilhado político de Eduardo Campos - parceiro de chapa presidencial da ex-ministra.

"Se existe uma denúncia, existe um processo de investigação", afirmou Marina em Rio Branco, capital do Estado, onde participou de debate com pesquisadores da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no câmpus da Universidade Federal do Acre.

"É fundamental que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral investiguem toda e qualquer denúncia que pode ser feita", disse a ex-ministra.

Augusto Maia era presidente do diretório estadual do PROS, mas afirmou ter sido destituído do cargo por não aceitar ofertas financeiras do presidente nacional do partido, Eurípedes Jr., e do líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), para apoiar Paulo Câmara. Ambos negam as acusações de Maia.

Discurso

O deputado foi à tribuna da Câmara dos Deputados no dia 17 e, ao discursar, disse que teve o nome excluído da lista de candidatos do PROS pernambucano "por não aceitar proposta indecorosa e vergonhosa do presidente nacional do PROS, Eurípedes Jr., para se coligar com o PSB".

O parlamentar não informa a quantia que teria sido oferecida em troca do apoio a Câmara na disputa em Pernambuco e diz que só o fará em juízo.

Maia disse que a primeira reunião foi testemunhada por outros deputados, mas parte deles nega que tenha visto qualquer oferta de propina pelo acordo político.

O candidato do PSB ao governo diz que o deputado é "ficha suja" e que vai processá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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