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Relações Públicas do Uber é agredido dentro do Senado

Fabio Sabba respondia perguntas de um jornalista no Túnel do Tempo da Casa quando foi atingido por um soco; o responsável seria representante de taxistas

Senado: o clima na Casa é tenso desde o início da manhã (Geraldo Magela/Agência Senado)

Senado: o clima na Casa é tenso desde o início da manhã (Geraldo Magela/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 18h47.

Brasília - O Relações Públicas do Uber, Fabio Sabba, foi agredido dentro do Senado Federal enquanto concedia uma entrevista na tarde desta terça-feira, 31.

Sabba respondia perguntas de um jornalista no chamado Túnel do Tempo da Casa quando foi atingido por um soco. Ele passa bem.

O responsável pela agressão seria representante de taxistas. Sabba registrou um Boletim de Ocorrência na própria delegacia do Senado e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. A Polícia do Senado informou que ainda não identificou o agressor. Ele teria fugido após o golpe.

O clima no Senado é tenso desde o início da manhã, quando motoristas de aplicativos e taxistas começaram a chegar ao Senado para acompanharem a votação do PLC 28/2017, que regula a atividade de transporte particular por aplicativo.

O texto é visto como proibicionista pelos aplicativos, como Uber e Cabify, enquanto que taxistas defendem a proposta como forma de igualar as condições de mercado.

Em conversas reservadas, governistas admitem que o presidente Michel Temer não quer entrar em conflito nem com os taxistas, nem com os responsáveis pelos aplicativos. Inicialmente, segundo aliados, o objetivo de Temer era deixar o projeto parado nas comissões da Casa.

Em mais um gesto de distanciamento do Planalto, no entanto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), acelerou a tramitação da proposta e evitou que ela tivesse que passar por outras cinco comissões, como estava previsto.

Para isso, Eunício colocou em votação um requerimento de urgência do projeto para que ganhasse prioridade na pauta de votações do plenário.

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