Brasil

Relações com empreiteiro foram na "legalidade", diz Edinho

O ministro é acusado de trocar mensagens com o ex-presidente da OAS, nas quais combinava doações para a campanha da presidente Dilma


	Edinho Silva: ministro disse que sempre manteve relações políticas com empresários de “forma transparente e dentro da legalidade”
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Edinho Silva: ministro disse que sempre manteve relações políticas com empresários de “forma transparente e dentro da legalidade” (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 20h10.

Brasília - O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse hoje (7), por meio de nota, que sua relação política com o ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro, condenado no esquema de corrupção da Petrobras, sempre se deu “de forma transparente e dentro da legalidade”.

De acordo com reportagem do canal de TV Globo News, entre 2012 e 2014, o ministro trocou mensagens com Pinheiro em que combinava doações para a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

Em nota publicada em seu blog pessoal, o ministro, que foi coordenador financeiro da campanha de Dilma, diz que esteve com o executivo diversas vezes discutindo temas legislativos e relacionados a “doações legais”.

Edinho diz que sempre manteve relações políticas com empresários de “forma transparente e dentro da legalidade”.

O ministro, que já foi deputado estadual pelo PT de São Paulo e presidente do partido no estado, disse que considera “impossível que alguém que ocupe cargo público deixe de dialogar com representantes da sociedade civil, inclusive empresários”.

“Todas as doações para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014, foram efetuadas dentro da legalidade. As contas de campanha foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral”, escreveu.

Em relação a presentes recebidos do empresário em seu aniversário, também registrados nas mensagens, o ministro diz que o fato “nunca significou ou implicou qualquer contrapartida que significasse atos ilícitos”.

No blog, Edinho Silva também criticou o que classificou de “vazamentos seletivos e fora de contexto” da quebra do sigilo telefônico do executivo da OAS.

Também vazaram nessa quinta-feira informações sobre troca de mensagens entre Pinheiro e o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, quando era governador da Bahia, Wagner e o executivo da empreiteira negociaram apoio financeiro para a campanha do PT à prefeitura de Salvador, em 2012. 

Nas mensagens, o então governador também recebeu pedidos para intermediar interesses do empresário junto ao Ministério dos Transportes.

Em nota, o ministro disse estar “absolutamente tranquilo” em relação a sua “atividade política institucional”.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoJustiçaOASOperação Lava JatoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua