Brasil

Reino Unido prioriza relações comerciais com o Brasil

Em visita ao Brasil, o ministro britânico de Empresas, Vince Cable, convidou as empresas brasileiras a se `internacionalizarem´ na Inglaterra

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2010 às 16h02.

Rio de Janeiro - O ministro de Empresas britânico, Vince Cable, afirmou hoje que o Reino Unido deve dar prioridade ao Brasil nas relações comerciais, durante um almoço com empresários brasileiros no Rio de Janeiro.

"O primeiro-ministro (David Cameron) me disse que o Brasil deve estar no topo de nossas prioridades", assegurou Cable, que hoje concluiu sua visita ao Brasil liderando uma delegação de empresários.

Ao longo desta semana, o ministro e representantes de 23 grandes companhias britânicas mantiveram encontros em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro com funcionários do Governo Federal e com líderes empresariais.

"Vemos a relação comercial com o Brasil como um processo em duas direções: estamos totalmente abertos às empresas brasileiras", afirmou Cable. Ele convidou as empresas brasileiras que queiram "se internacionalizar" a se estabelecerem no Reino Unido.

A viagem está dentro da política econômica do novo Governo britânico, liderado pelo conservador Cameron, que procura consolidar as relações comerciais com parceiros estratégicos.

A delegação liderada por Cable pretende estreitar relações com o Brasil em razão do potencial do país e do significativo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Hoje em dia, existem muitos investimentos de empresas britânicas no Brasil, mas não ao nível que deveria", reconheceu Cable, quem destacou o potencial do setor energético brasileiro, especialmente no campo do petróleo e dos biocombustíveis.


O ministro ressaltou que a petroquímica Shell assinou acordos para fornecer biocombustíveis e que a produtora de gás natural BG é o principal investidor estrangeiro no setor do petróleo no Brasil.

A delegação britânica também impulsionou acordos bilaterais de cooperação industrial no campo de defesa, em colaboração com a Marinha brasileira, e em engenharia avançada, com o uso de novas tecnologias.

As exportações do Reino Unido ao Brasil dobraram de 2004 para cá. No ano passado, somaram 1,7 bilhão de libras (US$ 2,625 bilhões).

O ministro Cable também destacou a colaboração dos dois países como organizadores das próximas edições dos Jogos Olímpicos, e Londres em 2012 e do Rio de Janeiro em 2016, com o objetivo de melhorar e se especializar na preparação do evento.

Por sua vez, membros do empresariado brasileiro pediram o apoio do Governo britânico nas negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia (UE), que realizaram sua última cúpula em maio passado em Madri.

"Não será fácil, mas faremos tudo o que pudermos", prometeu Cable. "Alguns países serão muito reticentes à importação de produtos agrícolas vindos do Brasil, e não quero dizer nomes", em referência à França, tradicional defensora do protecionismo no setor.

Leia mais notícias sobre o Reino Unido

Siga as notícias do site EXAME sobre Economia no Twitter


Acompanhe tudo sobre:América LatinaComércioComércio exteriorDados de BrasilEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Brasil

Governo de SP assina contrato para compra de 12 mil câmeras corporais para uso da PM estadual

'Se não reverter fluxo, biomas e país estarão ameaçados', diz Flávio Dino

Nunes tem 28%; Boulos, 25,5%, e Marçal 19,7%, em São Paulo, diz pesquisa Futura

TSE e Ministério da Justiça assinam portaria que proíbe PRF de bloquear estradas no dia da eleição