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Regra do mínimo, que já era ruim, está ainda pior, diz Velloso

Especialista em contas públicas diz que cada real de reajuste gera quase R$ 300 milhões de impacto no gasto anual da União

Especialista diz que impacto maior do salário mínimo é na Previdência (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

Especialista diz que impacto maior do salário mínimo é na Previdência (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 12h11.

São Paulo - A regra de reajuste do salário mínimo em vigor, que prevê a inflação mais a variação do PIB registrada dois anos antes, já é ruim. E agora, com a pressão das centrais sindicais por um aumento mais robusto em 2011, a situação ficará ainda pior.

A avaliação é do especialista em contas públicas Raul Velloso, que participou nesta quarta-feira (17) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“Essa regra em si, que parecia tranquila para muita gente, já era um problema, pois previa reajuste acima da inflação e na mesma velocidade do PIB, quando o ideal era o gasto público crescer num ritmo inferior ao da alta da economia. Além disso, quando você gasta muito no governo, o setor privado tem de encolher para não dar inflação. Então, eu estou vendo a coisa ir numa direção de tornar ainda pior algo que já era complicado”, diz Velloso.

O especialista calcula que cada real a mais no salário mínimo significa um impacto de quase 300 milhões de reais no gasto anual da União. “É preciso urgentemente desvincular os benefícios da previdência e os benefícios assistenciais do salário mínimo, que foi criado para o mercado de trabalho privado.”

Na entrevista, Raul Velloso comentou ainda a pressão sobre o Banco Central, que acaba sendo obrigado a elevar os juros para compensar o excesso de gastos públicos.

Clique na imagem abaixo para ouvir o programa "Momento da Economia":

 

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