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Registro da Coronavac deve ser solicitado neste mês, diz Butantan

O imunizante obteve no último fim de semana o registro para uso público da agência reguladora de medicamentos da China

Coronvac: na manhã desta quarta, o Butantan recebeu os insumos para o envase de mais 8,7 milhões de doses da CoronaVac (Amanda Perobelli/Reuters)

Coronvac: na manhã desta quarta, o Butantan recebeu os insumos para o envase de mais 8,7 milhões de doses da CoronaVac (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 15h31.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 15h32.

A Coronavac, vacina contra covid-19 do laboratório chinês Sinovac, deve ter seu pedido de registro  solicitado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda neste mês, disse nesta quarta-feira o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

O imunizante, que foi testado no Brasil pelo Butantan e está sendo envasado no país pelo instituto, obteve no fim de semana o registro para uso público da agência regulatória de medicamentos da China. A CoronaVac já está sendo aplicada no Brasil desde 17 de janeiro após autorização para uso emergencial da Anvisa.

"Nós estamos aguardando a tradução do parecer da agência chinesa e com isso complementar o nosso pedido aqui no Brasil", disse Covas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

"Esperamos que o pedido no Brasil do registro possa ser feito ainda neste mês", acrescentou.

O presidente do Butantan esclareceu que o que será pedido não será um registro definitivo da vacina, pois isso depende do acompanhamento do estudo clínico realizado com o imunizante.

"Na realidade não é um registro definitivo, todos esses registros são provisórios. Eles são autorizados, a vacina vira um produto, mas ela ainda tem que ser acompanhada até o final dos estudos clínicos e principalmente o pós-vacinação", explicou.

Covas disse ainda que o contrato com o Ministério da Saúde para que a pasta exerça a opção de comprar mais 54 milhões de doses da CoronaVac, para além dos 46 milhões já contratados, deve ser assinado em breve.

"O contrato com o ministério foi encaminhado ao governo, ele está no governo aqui neste momento e deve ser devolvido com as observações do governo ainda no dia de hoje", disse.

"Esperamos que ele seja assinado o mais rapidamente possível", acrescentou.

Na manhã desta quarta, o Butantan recebeu os insumos para o envase de mais 8,7 milhões de doses da CoronaVac, o que eleva para 27,1 milhões de doses o total atualmente no Brasil, incluindo as doses já entregues ao ministério e o equivalente em matéria-prima que ainda está sendo processada pelo Butantan.

Também presente na coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o governo estadual entrou com ação no Supremo Tribunal Federal nesta quarta para obrigar a pasta a financiar mais de 3 mil leitos de unidade de terapia intensiva destinados ao tratamento da Covid-19 que foram desabilitados pelo ministério.

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