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Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Regina é secretária-em-teste; Sisu aberto por mais 2 dias; Belgica contra acordo UE-Mercosul

Regina Duarte: a atriz ainda avalia a proposta de assumir a Secretaria da Cultura (Palácio do Planalto/Reprodução)

Regina Duarte: a atriz ainda avalia a proposta de assumir a Secretaria da Cultura (Palácio do Planalto/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 06h35.

Última atualização em 21 de janeiro de 2020 às 07h15.

Regina é secretária-em-teste

O governo Jair Bolsonaro apresentou uma nova prática de gestão para a pasta cultural nesta segunda: o secretário-em-teste. Após um encontro com o presidente, a atriz Regina Duarte anunciou que começará ainda esta semana um período de “teste” para definir se assumirá ou não a liderança da Secretaria de Cultura. O convite foi feito na última sexta-feira após o ex-secretário, Roberto Alvim, ter sido demitido por citar o regime nazista em um vídeo divulgado redes sociais oficiais do governo. Atualmente, o cargo está com o interino José Paulo Martins. Nessa segunda-feira, Regina disse estar ‘noivando’ com o posto, mas ainda não tomou uma decisão final. “Nós vamos noivar, vou ficar noiva, vou lá conhecer onde eu vou habitar, com quem que eu vou conviver, quais são os guarda-chuvas que abrigam a pasta, enfim, a família. Noivo, noivinho”, afirmou.

Witzel culpa sabotagem por crise da água 

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse nesta segunda-feira que acredita que os problemas no fornecimento de água no Rio de Janeiro foram causados por sabotagem na Companhia Estadual de Águas e Esgotos. Witzel disse que ainda que a suspeita está sendo apurada pela Polícia Civil, que chegou a ouvir funcionários da companhia e foi à Estação de Tratamento de Água do Guandu, na semana passada. “Eu, particularmente, não acredito [em incompetência]. Eu acredito e está sendo apurada uma sabotagem, por conta do leilão. Há muitos interesses envolvidos nesse leilão. Pedi à polícia que apurasse”, disse o governador. O leilão a que ele se refere é a privatização da Cedae, que o governo do estado pretende realizar ainda neste ano, concedendo grande parte dos serviços da companhia, que atende 64 dos 92 municípios do estado, incluindo a capital.

Fuga do PCC

O governo do Paraguai disse nesta segunda-feira que perdeu uma batalha contra o crime organizado após uma fuga sem precedentes de 75 presos de uma prisão no norte do país, região de fronteira com o Brasil, que abriu um debate sobre o poder do narcotráfico na região e a corrupção no sistema penitenciário. Os presos pertencem, em sua maioria, ao Primeiro Comando da Capital (PCC), mais poderosa facção criminosa do Brasil. Eles cavaram um túnel antes de sair no domingo na prisão regional de Pedro Juan Caballero, localizada a 400 quilômetros ao norte de Assunção e que faz fronteira com a cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. “Esta é uma guerra contra o crime organizado, há batalhas que vamos ganhar e, bem, perdemos uma”, acrescentou o principal assessor do presidente Mario Abdo Benítez a jornalistas.

Sisu aberto por mais dois dias

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) estará aberto de terça-feira (21) até domingo, ou seja, por mais dois dias, por causa das falhas ocorridas na correção de algumas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta segunda-feira (20) pela rede social Twitter. O ministro afirmou que as inconsistências ocorreram em cerca de 6 mil provas dentro das mais de 5 milhões de inscrições feitas para a prova. Segundo o ministro, os problemas foram concentrados em quatro cidades: Alagoinhas, na Bahia, e Ituiutaba, Iturama e Viçosa, em Minas Gerais, no segundo dia de exame. “O problema basicamente foi na hora da impressão, que a máquina pulou. Então foi um problema com a impressão da prova. Não foi na hora de contabilizar. A pessoa praticamente tem uma nota inteira da segunda prova negativada,” disse Weintraub.

Governo sanciona orçamento de 2020

Está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 20, a Lei 13.978, que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2020. Sancionado sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro, o texto-base é oriundo do PLN 22/2019, aprovado pelo Congresso em 17 de dezembro. A norma prevê R$ 2 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), a ser utilizado nas eleições municipais de outubro. Este valor foi proposto pelo governo em novembro passado. A receita da União está estimada em mais de R$ 3 trilhões e a despesa é fixada em igual montante. A seguridade social terá recursos da ordem de mais de R$ 1,189 trilhão. Para o refinanciamento da dívida pública federal são destinados mais de R$ 917 bilhões. Em 2020, o governo voltará a pedir autorização do Congresso para descumprir a chamada “regra de ouro” — quando o governo utiliza títulos públicos para financiar despesas correntes. Será preciso emitir R$ 343,6 bilhões em títulos públicos para quitar gastos correntes. Em 2019, foram R$ 248,9 bilhões.

Focus: menos inflação, mais PIB

O mercado voltou a reduzir a expectativa para a inflação este ano ao mesmo tempo em que ajustou para cima as contas para o crescimento da economia, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira 20. O levantamento semanal mostrou que a expectativa para a alta do IPCA em 2020 caiu pela terceira semana seguida, em 0,02 ponto percentual, a 3,56%. Para 2021 permaneceu em um avanço de 3,75%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A revisão ocorre na esteira de uma perspectiva mais fraca para a alta dos preços administrados este ano. Os economistas consultados passaram a ver inflação dos administrados de 3,77%, ante 3,81% antes. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano foi elevada a 2,31%, de 2,30% na semana anterior, enquanto que para 2021 continuou em 2,5%.

FMI melhora previsão de crescimento do Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua perspectiva de crescimento do Brasil em 2020, o que ajudou a conter a pressão negativa de México e Chile sobre a estimativa para a América Latina. Na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgada nesta segunda-feira, o FMI passou a ver um crescimento de 2,2% do Brasil neste ano, 0,2 ponto percentual a mais do que no relatório de outubro. Para 2019 também houve melhora da projeção, de 0,3 ponto, a 1,2%. O IBGE divulga os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e do ano de 2019 em 4 de março. Já no cenário mundial, o fundo reduziu sua estimativa de crescimento global em 2020 devido a desacelerações mais fortes do que o esperado na Índia e em outros mercados emergentes, mas disse que o acordo comercial EUA-China é outro sinal de que o comércio e a atividade manufatureira podem já ter atingido seu pior momento. O FMI disse que o crescimento global alcançará 3,3% em 2020, contra 2,9% em 2019, que foi o ritmo mais fraco desde a crise financeira há uma década.

Oxfam: bilionários são mais ricos que 60% do mundo

O 1% mais rico do mundo tem mais do que o dobro da riqueza do resto da humanidade combinada, de acordo com a Oxfam, que pediu aos governos que adotem “políticas de combate à desigualdade”. Em relatório publicado antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial de 2020, em Davos, a instituição de caridade do Reino Unido disse que os impostos cobrados de indivíduos ricos e empresas estão muito aquém do necessário, com recursos abaixo do esperado para serviços públicos. O relatório da Oxfam também destacou as desigualdades econômicas de gênero. Mulheres e meninas são sobrecarregadas com uma responsabilidade desproporcional pelo trabalho de cuidados, com menos oportunidades econômicas. “A desigualdade econômica está fora de controle”, com 2.153 bilionários com mais patrimônio do que 4,6 bilhões de pessoas em 2019, segundo o estudo. “Nossas poucas economias estão enchendo os bolsos de bilionários e grandes empresas às custas de homens e mulheres comuns”, disse o presidente da Oxfam India, Amitabh Behar. “Não é de admirar que as pessoas comecem a questionar se os bilionários deveriam existir.”

Protestos no Iraque

Três manifestantes foram mortos e dezenas ficaram feridos em Bagdá, no Iraque, em novos confrontos com as forças de segurança, perto de expirar o prazo dado ao governo para dar respostas às reivindicações do movimento de protesto. Os manifestantes, que desde o começo de outubro exigem uma renovação do sistema político, ficou eclipsado nas últimas semanas pelas fortes tensões entre Irã e Estados Unidos, os dois principais provedores de Bagdá. Para evitar que as mobilizações perdessem força, os manifestantes enviaram um ultimato ao governo na semana passada para responder às suas demandas, entre elas, um pedido de eleições antecipadas. Desde domingo, na véspera do prazo, jovens manifestantes em Bagdá e no sul do Iraque começaram a bloquear estradas e pontes com pneus em chamas.

Belgica contra acordo UE-Mercosul

O governo da região belga da Valônia, que bloqueou por dias em 2016 a assinatura pela União Europeia (UE) do acordo comercial com o Canadá, é “totalmente” contrário ao do Mercosul, afirmou seu presidente na segunda-feira. “Somos totalmente contrários a esse tratado. Para o governo da Valônia, é não”, disse à rádio RTBF na Bélgica, Elio Di Rupo, presidente do governo regional da Valônia e ex-primeiro-ministro belga entre 2011 e 2014. O político teme as consequências do acordo sobre a agricultura da Valônia e também exige que os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) apliquem as mesmas regras sanitárias da UE. A aprovação da Valônia, bem como de outras regiões da Bélgica, é necessária para que o governo belga dê seu aval à assinatura do acordo pelo Conselho da UE, que reúne os países do bloco.

NYT apoia senadoras democratas

O jornal “The New York Times” tornou público seu apoio às senadoras Amy Klobuchar e Elizabeth Warren para as prévias democratas, em uma decisão sem precedentes de respaldar duas pré-candidatas. A escolha do jornal considerado liberal é anunciada algumas poucas semanas antes da votação em Iowa em 3 de fevereiro. A data inicia oficialmente a temporada da eleição presidencial. O NYT descreveu a senadora por Massachusetts, Elizabeth Warren, como a opção “radical”, e a senadora de Minnesota, Klobuchar, como a alternativa “realista”. “Está em curso um debate essencial entre duas visões que podem definir o futuro do Partido (Democrata) e, talvez, da nação”, escreveu o conselho editorial.

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