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Regalias levam Luiz Estevão para solitária na Papuda

Na cela do ex-senado foram encontrados chocolates, massas importadas, até cafeteira elétrica, itens inacessíveis e vetadas aos outros internos

Luiz Estevão: a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o possível envolvimento de agentes públicos. (Nelio Rodrigues/Tudo)

Luiz Estevão: a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o possível envolvimento de agentes públicos. (Nelio Rodrigues/Tudo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 22h43.

São Paulo - As regalias na prisão levaram o ex-senador Luiz Estevão para um período na solitária e provocaram a queda fulminante da cúpula do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Condenado a 26 anos de prisão por desvios de R$ 1 bilhão, em valores atualizados das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, nos anos 1992, Estevão foi preso em março de 2016.

Na Papuda, porém, o ex-senador sentia-se como se em casa estivesse. Em sua cela foram encontrados chocolates, massas importadas, até cafeteira elétrica, itens inacessíveis e vetadas aos outros internos.

As mordomias de Estevão foram descobertas no fim de dezembro, informou a repórter Isa Stacciarini, do Correio Braziliense.

Nesta quarta-feira, 1, o Diário Oficial do Distrito Federal deve publicar o ato de exoneração dos dirigentes do Centro de Detenção Provisória da Papuda - estabelecimento penal de entrada e classificação para os outros presídios.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou a realização de uma vistoria no Bloco 5 do Centro de Detenção Provisória na quinta-feira, 26, ocasião em que Estevão teria desacatado um diretor do presídio.

"Foram detectados objetos não autorizados dentro da cela e na cantina do presídio, descumprindo normas e orientações. Durante a vistoria na cela, o referido interno (Estevão) ao ser interpelado pelo coordenador-geral cometeu uma falta disciplinar, sendo, por isso, transferido para outra ala do mesmo bloco. Ele permanecerá no isolamento por 10 dias."

Foi aberta uma sindicância. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o possível envolvimento de agentes públicos. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios também instaurou investigação.

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