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Reforma ministerial tem apenas duas posses previstas

Aloizio Mercadante assumirá a Casa Civil no lugar de Gleisi Hoffmann, e Arthur Chioro a Saúde, no lugar de Alexandre Padilha


	Aloizio Mercadante: atual ministro da Educação deverá assumir a Casa Civil
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Aloizio Mercadante: atual ministro da Educação deverá assumir a Casa Civil (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 20h57.

Brasília - No xadrez da reforma ministerial, apenas dois ministros foram convidados efetivamente pela presidente Dilma Rousseff e estão com as suas posses previamente agendadas para a próxima segunda-feira, 3, dia três de fevereiro: Aloizio Mercadante, na Casa Civil, no lugar de Gleisi Hoffmann, e Arthur Chioro, na Saúde, no lugar de Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo.

Com transmissão de um pronunciamento em cadeia de rádio e TV convocada para a noite desta quarta-feira, 29, para informar o início da vacinação contra HPV, que só começará em 10 de março, não era possível anunciar o nome do novo ministro, que irá substituir Padilha, porque isso daria munição à oposição para atacar o governo e à sua candidatura. Com isso, espera-se para esta quinta-feira, 30, o comunicado dos primeiros da lista de cerca de dez ministros que deverão ser substituídos.

Para a secretaria-executiva da Casa Civil foi convidado Valdir Simão, que já estava trabalhando no Planalto, como assessor da presidente Dilma, no cargo de coordenador do Gabinete Digital da Presidência da República. Simão e Mercadante já estão despachando juntos. O ex-secretário executivo da Casa Civil Beto Vasconcelos, que teve seu nome cogitado para retornar ao cargo, deverá ir trabalhar na campanha da reeleição da presidente.

Aloízio Mercadante passou a manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto e se reuniu com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e sua equipe técnica. Os dois discutiram a agenda do Congresso, que recomeça seus trabalhos na semana que vem. Mercadante, em suas novas funções, vai ajudar na articulação política e trabalhar de forma afinada com Ideli. A ministra, até agora, está prevista para continuar no cargo, apesar de o fogo amigo do seu partido, o PT, na Câmara, estar plantando informação de que ela poderá ir para a Secretaria de Direitos Humanos.

No Planalto, as informações são de que ela permanecerá na SRI, a não ser que ela venha a enfrentar problemas com a Comissão de Ética, que ainda não concluiu a apreciação do uso de helicóptero em viagens no interior de Santa Catarina. Mas o relator do caso já apontou para a aplicação de uma advertência à ministra.

Na reunião de Mercadante com Ideli, ficou acertado que a ministra irá se reunir nesta quinta-feira com os líderes do governo no Congresso, para discutir exatamente a pauta de votações, que está trancada. Muitas destas reuniões de coordenação política poderão contar com a participação de Mercadante, que já trabalhou em dobradinha com Ideli, no Congresso, quando ambos eram líderes.

Nos próximos dias a presidente Dilma vai retomar as conversas com os partidos políticos, auxiliado diretamente por Mercadante, que nesta quarta conversou com o governador do Ceará, Cid Gomes, que tenta emplacar a sua secretária de Educação, Izolda Cela, no lugar de Mercadante. A presidente Dilma sempre faz rasgados elogios a ela e aos projetos desenvolvidos por ela na área de educação no Ceará. Mas o nome dela sofre bombardeio do PT, que não quer entregar uma pasta desta importância para o pequeno partido PROS.

A presidente Dilma ainda não marcou um novo encontro com o vice-presidente Michel Temer, quando deverá discutir mais uma vez o apetite do PMDB na reforma ministerial, que quer mais uma pasta na Esplanada. Este apetite do partido tem dificultado a equação para a reforma, mesmo que a presidente já tenha definido que a maior parte dos ministros escolhidos terá um mandato tampão.

A reforma ministerial deverá ser realizada em até três etapas, a última delas em abril, prazo máximo da legislação eleitoral para que candidatos deixem cargos públicos.

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