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Reforma da Previdência não é minha, é do Brasil, diz Bolsonaro

Insatisfeitos com a falta de envolvimento direto do governo pela aprovação da reforma, parlamentares têm creditado a proposta a uma iniciativa da Câmara

Durante a transmissão ao vivo que realiza semanalmente em sua página do Facebook, o presidente afirmou que a reforma trará investimentos e empregos ao País: "Terá tudo para dar certo". (Agustin Marcarian/Reuters)

Durante a transmissão ao vivo que realiza semanalmente em sua página do Facebook, o presidente afirmou que a reforma trará investimentos e empregos ao País: "Terá tudo para dar certo". (Agustin Marcarian/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de junho de 2019 às 06h55.

Última atualização em 21 de junho de 2019 às 11h02.

Brasília — No momento em que a Câmara dos Deputados busca o protagonismo sobre as articulações pela reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que a proposta "não é sua, mas do Brasil".

Durante a transmissão ao vivo que realiza semanalmente em sua página do Facebook, o presidente afirmou que a reforma trará investimentos e empregos ao País. "Terá tudo para dar certo", afirmou.

Insatisfeitos com a falta de envolvimento direto do governo com as articulações pela aprovação da reforma, parlamentares, capitaneados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm creditado a proposta a uma iniciativa da Câmara.

Durante a transmissão, Bolsonaro também afirmou que o BNDES não estava tendo transparência durante a gestão de Joaquim Levy, que pediu demissão na semana passada, e que agora vai "voltar a funcionar normalmente". "Nós não estávamos tendo transparência no BNDES, então agradeço ao senhor Joaquim Levy que pediu demissão na semana passada e entrou um jovem economista Gustavo Montezano, me parece que é a primeira vez que um economista vai assumir esse banco e vai ser cumprida a questão da transparência entre outras coisas", disse.

Bolsonaro disse ainda que o banco foi "assaltado" durante os governos do PT. Segundo o presidente, cerca de R$ 400 bilhões foram destinados para "ditaduras e governos amigos", como Cuba, Argentina e Angola.

"Isso tudo vai ser colocado para que você saiba o que foi feito com o seu dinheiro no passado", disse.

Os R$ 400 bilhões citados por Bolsonaro parecem se referir ao valor transferido do Tesouro Nacional para o BNDES entre 2008 e 2014.

O valor utilizado para financiar 140 obras de empreiteiras brasileiras no exterior foi de R$ 50,5 bilhões entre 2006 e 2014, segundo auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) feita em 2016.

De acordo com o site oficial do BNDES, desde 1998 foram desembolsados o equivalente a US$ 274 bilhões para apoiar a infraestrutura no Brasil, algo em torno de 27 vezes o valor destinado a financiar vendas de bens e serviços usados em obras de empreiteiras brasileiras no exterior (US$ 10,5 bilhões).

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