Alckmin: o governador é crítico das concessões feitas por Temer para contemplar servidores e aumentar o grau de aprovação entre os parlamentares (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de maio de 2017 às 22h03.
Última atualização em 4 de maio de 2017 às 22h03.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu a aprovação da reforma trabalhista no Senado com o mesmo conteúdo aprovado pela Câmara dos Deputados, sem alterações.
Por outro lado, o tucano afirmou que a reforma da Previdência, que ainda está na Câmara, é uma questão mais complexa e precisa ser discutida.
O governador defende que os servidores públicos tenham as mesmas regras dos trabalhadores vinculados ao regime geral do INSS.
Ele é crítico das concessões feitas pelo presidente Michel Temer (PMDB) para contemplar servidores e aumentar o grau de aprovação entre os parlamentares.
"Nós precisamos caminhar no sentido de ter o regime geral da Previdência, não ter regras diferentes para quem é do setor público e do setor privado", disse o tucano, após participar de cerimônia em celebração ao Dia da Língua Portuguesa, que é comemorado amanhã, 5.
O governador afirmou que o sistema previdenciário do Estado de São Paulo é "o melhor do Brasil" e um modelo para a Previdência federal.
Ele diz que, ao estabelecer o mesmo teto do INSS para servidores que entraram na carreira após 2013, e criar um sistema complementar para aposentadorias acima do teto, o déficit previdenciário acabará no futuro.
"No curto prazo, até onera mais, porque o Estado continua pagando o déficit e contribui para o sistema novo. Mas em dez anos, daqui para frente, vai salvar o Estado", disse.
Na terça-feira, 2, Alckmin já havia criticado a proposta como está sendo discutida na Câmara e disse que o Brasil não pode fazer uma "reforma do INSS", mas, do "sistema geral".
Alckmin e os outros governadores tucanos participaram de uma reunião promovida pelo PSDB em Brasília com o presidente Michel Temer (PMDB), na quarta-feira (03), para discutir o apoio do partido às reformas do Planalto.
No encontro, os integrantes da cúpula do PSDB entenderam que não há necessidade de adotar o fechamento de questão para a reforma da Previdência na Câmara.
Para a reforma trabalhista, Alckmin classificou o relatório do tucano Rogério Marinho (RN) como "muito bom" e defendeu que os senadores aprovem o texto sem alterações, para a proposta não precisar voltar à Câmara.
O governador disse ainda que o fim do imposto sindical obrigatório, como propôs Marinho, é necessário.