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Reforço de Forças Armadas ao Rio será menor que solicitado

Governador do Estado, Francisco Dornelles, solicitou tropas nas linhas de acesso aos locais onde os Jogos Olímpicos serão realizados


	Dornelles: governador do Estado solicitou tropas nas linhas de acesso aos locais onde os Jogos Olímpicos serão realizados
 (Arthur Monteiro/Agência Senado)

Dornelles: governador do Estado solicitou tropas nas linhas de acesso aos locais onde os Jogos Olímpicos serão realizados (Arthur Monteiro/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 21h25.

Brasília - Depois de mais uma rodada de reuniões, os Ministérios da Justiça e da Defesa se entenderam sobre o deslocamento de mais homens das Forças Armadas para o Rio de Janeiro, a fim de atender ao pedido do governador do Estado, Francisco Dornelles, que solicitou tropas nas linhas de acesso aos locais onde os Jogos Olímpicos serão realizados, e também para compensar os serviços que a Secretaria de Grandes Eventos não conseguiu cobrir com a Força Nacional.

O efetivo definitivo ainda não foi fechado, mas cerca de três mil homens das Forças Armadas serão convocados para reforçar a segurança. Além disso, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, conseguiu que o Estado ceda perto de 1,5 mil policiais militares para integrar a Força Nacional.

Nesta quinta-feira, 23, após reunião com o presidente em exercício, Michel Temer, Moraes, afirmou que a solicitação do governo do Rio será atendido parcialmente.

Ele não quis dar números, mas explicou que a Medida Provisória que repassará R$ 2,9 bilhões ao Estado atenderá uma parte desta demanda. "Com a MP repassando um valor grande ao Rio para solucionar o problema financeiro não será necessário o numero solicitado, o pedido integral", disse.

As Forças Armadas recusaram também algumas das funções que lhes teriam sido destacadas. Por exemplo, não vai fazer nenhum tipo de controle dentro de estádios ou arenas de jogos, assim como não irá ocupar áreas afastadas de onde estarão sendo realizados os jogos.

O governo do Rio queria que os militares ocupassem alguns dos morros, o que foi rejeitado. As Forças farão o patrulhamento das áreas onde ocorrerão os jogos, seja em Deodoro, ou no Maracanã e darão proteção também a hotéis onde as autoridades estarão hospedadas e áreas de alojamentos onde os atletas ficarão.

As linhas vermelha, amarela, avenida Brasil no trecho que liga os locais dos jogos, entre outras também terão reforço das Forças Armadas.

Os militares aguardam ainda que seja editada uma medida de apoio legal para que elas possam atuar em função de polícia. Militares do Paraná e do Rio Grande do Sul serão deslocados para dar o reforço às tropas que já estão no Rio.

Segundo Moraes, o governo deve finalizar a análise do pedido feito pelo Rio nos próximos dias para saber o número exato do efetivo que será deslocado e o tempo em que o reforço ficará no estado sede dos Jogos Olímpicos, que começam dia 5 de agosto.

"A MP deu os recursos necessários para a segurança do Rio, com isso, o gerenciamento da segurança pública nesses três meses que antecedem as Olimpíadas, essa questão está solucionada", disse.

Moraes disse ainda que a determinação do presidente em exercício, Michel Temer, é de "total apoio". "As Olimpíadas são do Brasil como todo, é a imagem do Brasil, é o simbolismo, vamos receber milhares de turistas e atletas e toda a segurança será dada."

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