Florianópolis tem 79% da população totalmente vacinada. (Evandro Badin/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 20 de novembro de 2021 às 08h00.
As cidades que melhor lidaram com a crise sanitária causada pela pandemia de covid-19 foram as que mais se destacaram no ranking Melhores Cidades para Fazer Negócios. Dos onze municípios com menor letalidade da doença, cinco ficam em Santa Catarina: Brusque, Blumenau, Palhoça, Jaraguá do Sul, e Florianópolis (veja os números abaixo).
Com mais de 92% da população imunizada com pelo menos a primeira dose e 79% com o esquema completo, a capital catarinense aparece em terceiro como a melhor cidade para fazer negócios nas áreas de comércio e de serviços. Palhoça, na região metropolitana de Florianópolis, está em sexto como a melhor cidade para fazer negócios no eixo econômico do comércio.
“O setor de serviços na região de Florianópolis tem muito o desenvolvimento de tecnologia. Esta área sofreu menos que outras porque as empresas já trabalhavam digitalmente. Quando o comércio físico reabriu, impulsionou o número para cima”, explica Willian Rigon, sócio e diretor de marketing da consultoria Urban Systems.
A lista das Melhores Cidades para Fazer Negócios é elaborada anualmente pela consultoria Urban Systems, com exclusividade para EXAME, em seis segmentos econômicos: educação, comércio, serviços, indústria, mercado imobiliário e agropecuária.
Para chegar ao ranking, foram analisados mais de 60 indicadores, como saldo de empregos e crescimento dos setores, nas 326 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Neste ano, a consultoria também avaliou o ritmo de vacinação e a taxa de letalidade da covid-19 em cada um dos municípios, no dia 15 de outubro, para uma fotografia de comparação.
Jaraguá do Sul, no norte catarinense, tem mais de 61% da população imunizada (número mais recente) e ocupa a sexta posição no ranking no eixo melhor cidade para fazer negócios na indústria.
De janeiro a agosto, criou 5.830 postos de trabalho, um crescimento de 9,05% em relação ao mesmo período do ano passado. Deste total, 3.700 está na indústria, puxado pela gigante Weg, que viu a receita crescer 31% em 2020, e projeta o mesmo número para este ano.
“As secretarias de estado trabalham juntas. Quando discutimos as portarias sobre regras sanitárias dos frigoríficos [setor importante para o Produto Interno Bruno do estado], sentamos com o Ministério Público do Trabalho, com os municípios, com as empresas, para pactuar uma forma segura de manter as atividades e não fazer a interrupção da atividade econômica”, explica o médico e secretário da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro.