Brasil

Redução do tempo de processos é entre prioridade do comércio

Redução dos custos trabalhistas também é defendida pelo relatório Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020, divulgado pela Fecomércio-RJ e pela FGV


	Moedas: cobrança de impostos em diferentes pontos de mesma cadeia produtiva contribui, segundo pesquisa, para perda de competitividade com relação a alguns importados
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Moedas: cobrança de impostos em diferentes pontos de mesma cadeia produtiva contribui, segundo pesquisa, para perda de competitividade com relação a alguns importados (Andrew Harrer/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 19h23.

Rio de Janeiro- Um ambiente mais favorável ao crescimento do comércio no Brasil passa por aumentar a segurança jurídica, defende o Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020, trabalho divulgado hoje (17) pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre as propostas, o documento inclui o estímulo à aplicação de medidas que reduzam o tempo dos processos jurídicos e o fortalecimento da arbitragem como instrumento de autorregulamentação.

O mapa cita a pesquisa Doing Business 2013 (Fazendo Negócios 2013), do Banco Mundial, segundo a qual a execução judicial de um contrato no Brasil demora em média 731 dias e custa 16,5% do valor reivindicado.

Segundo o trabalho, uma segurança jurídica maior ajudaria "principalmente em questões como locação de imóveis comerciais, com normas claras específicas referentes a locadores e inquilinos; de terceirização de serviços; e de demarcação das responsabilidades sociais dos empresários ante a complexa cadeia produtiva e de comercialização, dentre outros".

A redução dos custos trabalhistas também é defendida pelo relatório, que propõe um tratamento diferenciado a micro e pequenas empresas nesse aspecto, com a criação de um Simples Trabalhista. O documento destaca a importância de estudos que promovam o debate do tema com foco na desoneração.

O trabalho informa também que a carga tributária do Brasil (de 35,3% em relação ao PIB) é semelhante à de países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) bem maior, como Alemanha e Islândia. "Para aumentar a competitividade do comércio, são centrais as questões da redução da carga tributária, da eliminação da cumulatividade, da desoneração de investimentos e da simplificação da estrutura tributária".

A cobrança de impostos em diferentes pontos de uma mesma cadeia produtiva contribui, segundo a pesquisa, para a perda de competitividade com relação a alguns produtos importados e desestimula a atualização tecnológica.

Quanto ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), regras diferentes em cada estado geram complexidade e incertezas, especialmente em operações interestaduais.

O documento reconhece que a Lei das Micro e Pequenas Empresas e a Lei do Microempreendedor Individual representaram avanços para os empresários, mas defende que ainda é preciso avançar mais na simplificação tributária, com atenção especial à guerra fiscal entre estados.

Acompanhe tudo sobre:ComércioEmpresasFecomércioFGV - Fundação Getúlio VargasProcessos judiciais

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas