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Redução de juros da CEF frustra consumidores em Feirão

Os consumidores que visitaram o Feirão da Casa Própria promovido pela Caixa Econômica Federal saíram de lá sem sentir a diferença no bolso

O 8º Feirão Caixa da Casa Própria e vai até o próximo domingo nas cinco primeiras cidades, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador (Antonio Cruz/ABr)

O 8º Feirão Caixa da Casa Própria e vai até o próximo domingo nas cinco primeiras cidades, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 20h13.

Rio de Janeiro - Apesar da anunciada redução da taxa de juros no financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal (CEF), os consumidores que visitaram o Feirão da Casa Própria no Rio de Janeiro saíram de lá sem sentir a diferença no bolso. O Feirão, que começou nesta sexta-feira no Rio e será realizado em mais quatro capitais, marcou o início da adoção pelo banco das novas taxas, definidas na semana passada.

Segundo a Caixa, as taxas de juros passaram de 10% ao ano para 9% para os imóveis com valor de até R$ 500 mil. Os clientes do banco com uma conta-salário tiveram uma redução ainda maior, chegando a 7,9% ao ano para financiamento de imóveis de até R$ 450 mil pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).Pelo modelo adotado pela Caixa, as prestações são decrescentes e o prazo de pagamento pode chegar a 30 anos. As condições, no entanto, não agradaram a todos os que estiveram no Feirão.

A dona de casa Ana Maria da Silva, de 52 anos, participava do seu terceiro Feirão em busca de uma casa na região de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. "A gente tem uma expectativa, mas quando chega vê que não é assim. Em comparação com as simulações que fiz antes, vejo que os valores são os mesmos, não houve diferença", afirmou.

De acordo com a superintendente da Caixa no Rio de Janeiro, Nelma Souza Tavares, as taxas foram reduzidas substancialmente. "Para quem pegar o financiamento com taxa de 9%, a economia será de R$ 1,8 mil, ao fim do primeiro ano", disse. Segundo ela, a redução das taxas poderá provocar aumento no volume de negócios do Feirão. A expectativa da Caixa é de que nove mil negócios sejam fechados nesta edição do evento, movimentando algo em torno de R$ 1,3 bilhão.

Quem conseguiu aproveitar a redução dos juros comemorou. O aposentado Victor Hugo de Souza, de 73 anos, fechou negócio logo pela manhã. Segundo ele, apesar da pouca redução dos juros, o financiamento pela Caixa ainda é mais vantajoso do que em outros bancos. "Aqui as condições de execução do negócio são mais flexíveis diante das nossas condições financeiras", disse.

No Rio, o evento, que se estenderá até o domingo, ocupou uma área de 10 mil metros quadrados no Riocentro, reunindo 53 construtoras e 50 imobiliárias com opções de imóveis que variavam entre R$ 75 mil e R$ 5 milhões. Na média, os imóveis custavam R$ 150 mil. O Feirão também passará por outras 12 cidades brasileiras durante o mês de maio. Em São Paulo, o evento acontecerá entre os dias 18 e 20 de maio. Em todo o País, são 430 mil imóveis à venda, entre novos, usados e na planta.

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