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Redução das desigualdades entre campo e cidade é vista

De acordo com Miriam Belchior, o país tem uma década de esforços na implementação de um novo modelo de desenvolvimento


	Miriam Belchior: segundo ministra há um conjunto de ações para "buscar aquele cidadão brasileiro que ainda se encontra na invisibilidade" e dar a ele seus diretos
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Miriam Belchior: segundo ministra há um conjunto de ações para "buscar aquele cidadão brasileiro que ainda se encontra na invisibilidade" e dar a ele seus diretos (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 16h54.

Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, participaram hoje (15) do segundo dia da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, aberta ontem à noite, em Brasília.

No painel com o tema Planejando o Brasil Sustentável, Miriam Belchior destacou o crescimento econômico e a redução das desigualdades entre o meio rural e o meio urbano.

De acordo com Miriam Belchior, o país tem uma década de esforços na implementação de um novo modelo de desenvolvimento.

“Esse modelo se constitui, fundamentalmente, na busca do crescimento econômico com redução das desigualdades, seja elas sociais ou regionais. O Brasil registrou crescimento econômico, pela primeira vez, em função da redução da desigualdade, que caiu em todo o país”, disse a ministra.

Ainda segundo Miriam Belchior, “há um conjunto de ações, como o Brasil sem Miséria, com uma estratégia especifica para o campo, exatamente para ir buscar aquele cidadão brasileiro que ainda se encontra na invisibilidade. Estamos trazendo-o para a luz, dando a ele seus direitos de cidadão” completou.

Para o ministro Pepe Vargas, “buscar o aumento da agricultura familiar, ampliar a participação dessa agricultura, é o primeiro desafio”.


Segundo ele, o governo vai iniciar a elaboração do 3° Plano Nacional de Reforma Agrária, voltado também para diversidades de cada região. “Temos que ter uma reforma agrária para as diversidades, para a juventude.

Melhorar a infraestrutura em áreas rurais, e para isso precisamos do povo empurrando o governo e discutindo suas necessidades. Precisamos de uma reforma política”, disse o ministro.

Antônia Nazaré de Castro, 56 anos e agricultora familiar no município de Bonfim (RR), disse que está na conferência para pedir mais apoio para o pequeno produtor.

“Nós estamos desassistidos, a agricultura familiar está à beira do caos, estamos com problemas também com grileiros, que tomam conta da área e nós ficamos sem nada”, disse a agricultora.

O estudante Ramon Machado Moreira, 16 anos, mora em Aracruz (ES) e está representando a juventude rural.”Viemos defender nossos direitos, porque a maioria dos jovens não está tendo motivação de permanecer no campo. Isso está gerando um grande êxodo rural. A melhoria da educação no campo é uma maneira de manter esses jovens, que desanimam ao ver as dificuldades que seus pais passam”, disse o jovem.

A 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário vai até quinta-feira (17) e reúne gestores governamentais e representantes de povos tradicionais e comunidades do campo. Eles vão elaborar o Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PNDRSS), que servirá de base para as políticas públicas de desenvolvimento do setor.

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