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Rebelião em penitenciária do Paraná já dura 13 horas

A rebelião teria sido motivada pelos maus tratos, qualidade da alimentação e falta de assistência jurídica, já que muitos teriam direito a revisão de pena


	Prisão: pelo menos quatro detentos teriam sido mortos
 (Getty Images)

Prisão: pelo menos quatro detentos teriam sido mortos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 11h38.

Cascavel - As negociações para o fim da rebelião na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) avançaram pela noite deste domingo, 24, mas o clima na unidade continua tenso. Até às 19h, não havia sinal de acordo entre a PM (Polícia Militar) e os líderes do motim. Pelo menos quatro detentos teriam sido mortos, sendo dois deles decapitados pelos amotinados.

De acordo com a PM, 75 presos foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel. Eles ficaram isolados em uma ala da penitenciária e estavam sendo ameaçados pelos rebelados.

O grupo deve ser transferido amanhã (25) para as Penitenciárias de Francisco Beltrão e de Maringá. A PM informou que a lista de mortos e feridos será divulgada apenas no fim da rebelião, que iniciou por volta das 6 horas de hoje.

O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Subseção de Cascavel, Amarildo Horvath, relatou aos jornalistas que praticamente as 24 galerias do complexo prisional foram danificadas.

A rebelião teria sido motivada pelos maus tratos, qualidade da alimentação e falta de assistência jurídica, uma vez que muitos dos detentos teriam direito a revisão de pena.

Ao todo cinco presos foram jogados do telhado da penitenciária, que tem capacidade para 1116 condenados, mas abrigava 1040, segundo o Depen (Departamento Penitenciário).

Eles caíram de uma altura de 15 metros e as equipes do Corpo de Bombeiros demoraram cerca de 3horas para ter acesso com segurança até o local onde estavam os feridos.

Dois deles foram encaminhados com ferimentos diversos para o Hospital Universitário. De acordo com a PM, há ainda presos e dois agentes penitenciários reféns dos rebelados.

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