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Rebelião deixa 52 mortos em presídio de Altamira, no Pará

Conflito ocorreu na manhã desta segunda-feira (29); 16 detentos foram decapitados e os outros morreram asfixiados

Presídios: 52 detentos foram mortos durante rebelião no Pará (Bruno Santos/Reuters)

Presídios: 52 detentos foram mortos durante rebelião no Pará (Bruno Santos/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2019 às 13h20.

Última atualização em 30 de julho de 2019 às 16h21.

Altamira — Uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Parádeixou ao menos 52 mortos na manhã desta segunda-feira (29).

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 16 detentos foram decapitados e os outros morreram asfixiados.

Durante o motim, dois agentes prisionais foram feitos reféns e depois liberados. No início da tarde, o motim estava encerrado.

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A Susipe informou que a rebelião foi motivada por uma briga entre facções rivais e teve início por volta das 7h, quando detentos do bloco A, onde estão custodiados presos de uma organização criminosa, invadiram o anexo onde estão internos de outro grupo.

O Grupo Tático Operacional da Polícia Militar foi ao local. A Polícia Civil, a Promotoria e o Juizado de Altamira também estiveram na unidade participando das negociações para a liberação dos reféns.

Esse é o segundo maior massacre em presídios de 2019. Em maio, 55 presos foram mortos sob custódia do estado no Amazonas.

Atuação federal

Na tarde desta segunda-feira (29), o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou, por meio de nota, que disponibilizou vagas no Sistema Penitenciário Federal para transferência e isolamento das lideranças envolvidas na rebelião.

Segundo o texto, o ministro Sergio Moro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão.

O ministro da Justiça acompanha de perto a situação e conversou com o governador do Pará, Helder Barbalho, ainda na manhã de hoje.

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