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Reabertura de cinemas: Rio está na expectativa e SP sem perspectiva

Enquanto a capital fluminense deve permitir a reabertura até o fim de agosto, a capital paulista poderia permitir as atividades mas prefere esperar

 (Michael Blann/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 15 de agosto de 2020 às 08h20.

O setor de entretenimento é um dos últimos a voltar com as atividades na previsão dos protocolos de quarentena no combate à covid-19. Enquanto a cidade do Rio de Janeiro deve reabrir os cinemas no fim de agosto, São Paulo ainda não ter perspectiva de retorno.

Uma pesquisa publicada pela FGV em julho mostra que em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor criativo no Brasil será de 129,9 bilhões de reais, 31,8% menor que 2019. Para o próximo ano, a previsão é de um fechamento em 181,9 bilhões.

Com recuperação mais lenta, a estimativa é de que em 2020 e 2021 a perda do setor seja de 69,2 bilhões de reais.

A capital fluminense está na fase 5 da quarentena da prefeitura, que conta com seis etapas. O setor cultural já é autorizado a fazer eventos em sistema drive in, como os cinemas ao ar livre, mas as salas de cinema, fechadas desde março, só podem voltar no último estágio, com capacidade de um terço do total.

Para que a cidade evolua para uma fase menos restritiva, precisa melhorar apenas um critério: número dos casos notificados por síndrome gripal nas últimas duas semanas. Até a sexta-feira, 14, todos os outros seis quesitos avaliados permitiriam a reabertura dos cinemas.

Ou seja, na próxima atualização da quarentena, que deve ocorrer nas próximas semanas, tudo indica que a cidade seja mais flexível com o setor cultural.

De acordo com boletim da prefeitura divulgado na sexta-feira, a cidade do Rio tem 78.500 casos confirmados e 8.766 mortes causadas pela covid-19.

Na capital paulista, a situação é um pouco diferente. Dentro do Plano São Paulo, diretriz do governo do estado que determina a quarentena, há um dispositivo que permite atividades culturais desde que a região esteja há pelo menos 28 dias na fase 3 amarela - a escala vai até 5 -, como é o caso da cidade de São Paulo.

Questionado pela EXAME em entrevista coletiva na quinta-feira, 13, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que ainda não tem previsão de quando os cinemas voltam a funcionar na cidade.

No fim de julho, Covas disse que a Vigilância Sanitária do município pediu que o setor seja liberado apenas quando a cidade entrar na fase 4 verde. Ele afirmou que o protocolo está pronto, mas que ainda vai esperar. A próxima revisão da quarentena é no dia 21 de agosto.

Entre as regras sanitárias está a capacidade limitada a 60% de público, o uso de máscara obrigatório e a compra de ingressos somente de forma antecipada.

Mas para evoluir até a fase 4 verde, a cidade precisa melhorar em dois quesitos: internações por 100 mil habitantes e óbitos por 100 mil habitantes. A capital paulista tem um total de 267.239 casos confirmados e 10.488 mortes por covid-19. Os dados são de sexta-feira.

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