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Raupp nega que PMDB esteja pressionando Dilma

Presidente do partido disse que "não está colocando a faca no pescoço" da presidente nas discussões sobre a ampliação do espaço da sigla na reforma ministerial


	Marco Antonio Raupp: "PMDB não está colocando a faca no pescoço da presidente neste momento em que o Brasil precisa de unidade, não de crise política", disse
 (Antônio Cruz/ABr)

Marco Antonio Raupp: "PMDB não está colocando a faca no pescoço da presidente neste momento em que o Brasil precisa de unidade, não de crise política", disse (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 21h20.

Brasília - O presidente em exercício do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou nesta quarta-feira, 15, que o partido "não está colocando a faca no pescoço" da presidente Dilma Rousseff nas discussões sobre a ampliação do espaço da sigla na reforma ministerial. "O PMDB não está colocando a faca no pescoço da presidente neste momento em que o Brasil precisa de unidade, não de crise política", disse Raupp ao chegar no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência e onde caciques peemedebistas se reúnem nesta noite para discutir o pleito por mais espaço na Esplanada e as tensões políticas nos Estados.

O senador peemedebista ressaltou que a decisão sobre a reforma é da presidente Dilma Rousseff, mas disse que o partido tem tamanho para aumentar sua participação nas pastas. Embora tenha argumentado que uma das bandeiras levantadas pela sigla no ano passado foi justamente a redução do número de ministérios, Raupp disse que "não vê problemas" com as pretensões peemedebistas por mais espaço. "Se não for reduzido (o número de ministérios) e a presidente entender o tamanho do PMDB e a sua capacidade de administrar as pastas que ocupa, aí tudo bem. Não vejo problema de ampliar os espaços", pontuou Raupp.

O ministério mais cobiçado pelo PMDB na reforma que a presidente Dilma Rousseff prepara para as próximas semanas é a Integração Nacional, até o ano passado comandada pelo PSB do governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos e responsável pela transposição do Rio São Francisco.

Desde o ano passado, o partido tenta articular o nome do senador paraibano Vital do Rêgo para o posto, mas o ministério também poderia ser direcionado para reforçar alianças com outros partidos. Raupp pontuou que "não houve veto" da presidente ao nome de Vital do Rêgo, considerado como "uma unanimidade" pelo PMDB no Congresso, mas indicou que ele pode ser contemplado por uma pasta mesmo se a legenda não ampliar sua presença na Esplanada. "Mesmo sem a ampliação dos ministérios do espaço do PMDB, há a possibilidade de o Vital ser ministro, até porque ele não tem disputa eleitoral agora."

Participam da reunião com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) nesta noite os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros, além dos líderes peemedebistas nas duas Casas, deputado Eduardo Cunha (RJ) e senador Eunício Oliveira (CE), e o senador Romero Jucá (RR). Também estão presentes os ministros Gastão Vieira (Turismo), Moreira Franco (Aviação Civil) e Edson Lobão (Minas e Energia).

O senador Valdir Raupp disse que, na reunião desta noite, o tema não será apenas a reforma ministerial, mas também os palanques estaduais. Ele disse ainda que a expectativa do PMDB é lançar entre 18 e 20 candidatos estaduais. "O ponto mais sério neste momento é os Estados. Há sempre uma ansiedade muito forte dos candidatos e dos pré candidatos de querer ampliar as alianças dos Estados e de querer que o (ex-presidente) Lula e a presidente Dilma os apoiem", afirmou. "Acreditamos no entendimento".

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