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Raquel Dodge solicita aposentadoria compulsória de Rogério Favreto

Plantonista do TRF4 expediu duas decisões que mandavam soltar Lula, posteriormente derrubadas pelo presidente da Corte e pelo relator da Lava Jato

Procuradora-geral Raquel Dodge afirma que Rogério Favreto pressionou a Polícia Federal para soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Procuradora-geral Raquel Dodge afirma que Rogério Favreto pressionou a Polícia Federal para soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de julho de 2018 às 08h46.

Última atualização em 12 de julho de 2018 às 08h50.

São Paulo - Ao pedir abertura de inquérito pelo crime de prevaricação contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a procuradora-geral Raquel Dodge afirma que o magistrado pressionou a Polícia Federal para soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguindo sua decisão emitida no Domingo passado, dia 8.

Plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Favreto expediu duas decisões que mandavam soltar Lula, posteriormente derrubadas pelo presidente da Corte, Thompson Flores, e pelo relator da Lava Jato, João Pedro Gebran Neto. O STJ também rejeitou habeas corpus a Lula.

A procuradora-geral pediu ao STJ que abra investigação contra o desembargador e moveu reclamação no CNJ pedindo sua aposentadoria compulsória. Para Raquel, ele agiu de maneira partidária e "desonrou a higidez e a honorabilidade de seu cargo".

Raquel Dodge relata, no pedido e na representação, que o desembargador se dirigiu "à autoridade policial, fixando prazo em horas para que cumprisse sua decisão, chegando a cobrar pessoalmente ao telefone o seu cumprimento".

A procuradora-geral atribui o comportamento dele ao seu histórico dentro do PT e ao desejo de favorecer Lula. "As notórias e estreitas ligações afetivas, profissionais e políticas do representado com o réu, cuja soltura ele determinou sem ter jurisdição no caso, explicam a finalidade de sua conduta para satisfazer interesses pessoais e os inexplicáveis atos judiciais que emitiu e os contatos que fez com a autoridade policial para cobrar urgência no cumprimento de suas decisões", argumenta.

Defesa

O desembargador Rogério Favreto afirmou que não vai se manifestar e que ainda não teve ciência do conteúdo das representações da PGR.

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