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Raquel Dodge quer "solução reparatória" no caso Mariana

Cerca de 25 mil famílias foram atingidas pela maior tragédia ambiental da história, decorrente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais

Mariana: o mar de lama provocou 19 mortes (Ricardo Moraes/Reuters)

Mariana: o mar de lama provocou 19 mortes (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 16h27.

São Paulo - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ressaltou a necessidade de se chegar a uma "solução reparatória" para as 25 mil famílias atingidas pela maior tragédia ambiental da história, decorrente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.

O mar de lama provocou 19 mortes, soterrando o distrito de Bento Rodrigues, na região de Mariana, no dia 05 de novembro. Os rejeitos atingiram ainda 40 cidades em Minas Gerais e no Espírito Santo e contaminaram a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

O Ministério Público Federal entrou com ação contra 22 pessoas, entre elas, funcionários da Vale, Samarco e BHP Billiton, acusados de homicídio. Outra ação ainda cobra da mineradora e de suas duas controladoras R$ 155 bilhões para reparação ambiental e socioeconômica de atingidos.

A ação por homicídio foi suspensa pela Justiça Federal de Ponte Nova, Minas Gerais, que acolheu pedido das defesas de executivos da Samarco.

Já o processo em que a Procuradoria pede R$ 155 bilhões está também suspenso por decisão judicial até 30 de outubro.

Na última sexta-feira, 29, a procuradora-geral da República chamou atenção para o desastre, que atingiu "diretamente cerca de 25 mil famílias, suas casas, seus bens, suas memórias, suas praças e cemitérios e seu secular modo de vida", durante discurso no encerramento do XXII Congresso Nacional do Ministério Público promovido pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e pela Associação Mineira do Ministério Público (AMMP).

Raquel Dodge reafirmou o compromisso com a reparação dos prejuízos sofridos por essas comunidades, destacando a importância da união dos ministérios públicos de Minas Gerais e do Espírito Santo com o Ministério Público Federal para "alcançar uma solução reparatória de interesse das vítimas e da sociedade".

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