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Ramalho diz que sua articulação é direta com Temer

Após atritos, o presidente interino na Câmara afirmou que continuará "ignorando" Imbassahy, ministro responsável pela relação do Executivo com o Congresso

Fábio Ramalho: na semana passada, Ramalho xingou Imbassahy durante um evento oficial da Câmara, usando palavrões e acusando-o de ter "o rei na barriga" (Facebook Fábio Ramalho/Divulgação)

Fábio Ramalho: na semana passada, Ramalho xingou Imbassahy durante um evento oficial da Câmara, usando palavrões e acusando-o de ter "o rei na barriga" (Facebook Fábio Ramalho/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 13h13.

Brasília - Presidente interino da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) sinalizou nesta terça-feira, 19, que não deu por encerrado o desentendimento com o ministro da Secretaria de Governo, o tucano Antonio Imbassahy.

Questionado pela manhã sobre como estava sua relação com o ministro, Ramalho disse que prefere o contato exclusivo com o presidente Michel Temer e demonstrou que vai continuar ignorando o ministro responsável pela relação do Executivo com o Congresso Nacional. "Minha articulação é direta com o presidente da República", respondeu.

Na semana passada, Ramalho xingou Imbassahy durante um evento oficial da Câmara, usando palavrões, e o acusou de ter "o rei na barriga". A reação teria sido porque Imbassahy não ouviu sua abordagem nos corredores do Palácio do Planalto.

O episódio, que gerou constrangimento entre os presentes, foi visto como mais uma ação do grupo governista que tenta reduzir o espaço do PSDB no governo.

Vice-presidente da Câmara, Ramalho assumiu o comando da Casa porque o titular, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está substituindo Temer no Palácio do Planalto. O presidente viajou nesta segunda-feira, 18 para Nova York e discursou nesta terça na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

A semana será marcada pela tentativa da Câmara de votar, mais uma vez, a reforma política e não há previsão de discussão de temas de interesse direto do Palácio do Planalto.

Na chegada na manhã desta terça, Ramalho disse que o plenário está mais propenso a votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com as coligações proporcionais e estabelece cláusula de desempenho, mas que não há ainda o mesmo consenso sobre retomar a discussão da PEC que muda o sistema eleitoral e cria o fundo de financiamento de campanhas.

Ramalho desconversou ao ser questionado sobre a possível chegada, nesta semana, da segunda denúncia contra Temer. "O momento agora é de cuidar da pauta da Casa, que tem que avançar", declarou.

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