Mesa de som e rádio: as quase 2 mil emissoras AM terão um ano para decidir se mudam de frequência (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 10h21.
Brasília – As emissoras de rádio que operam na frequência AM e quiserem migrar para FM poderão operar nas duas faixas por até cinco anos. Além disso, as quase 2 mil emissoras AM terão um ano para decidir se mudam de frequência.
Na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff assinou decreto que permite essa migração.
No programa Café com a Presidenta, veiculado hoje pela Rádio Nacional, Dilma Rousseff disse que “só devem continuar como [emissoras] AM aquelas rádios que têm alcance maior, chegando a pegar, às vezes, todo o estado”.
Ela destacou que ao migrar para a banda FM as rádios terão a vantagem de poder transmitir sua programação por meio de celulares e tablets, “o que vai ajudá-las também a conquistar as novas gerações”.
O decreto foi assinado por Dilma Rousseff na quinta-feira (7), Dia do Radialista. A medida atende a um pleito do setor, preocupado com o aumento dos níveis de interferência.
No discurso, Dilma disse que as rádios AM são um patrimônio do país e que o Estado deve dar as condições para que elas continuem prestando serviços e se adaptando.
A presidenta também relembrou programas da Rádio Nacional que ouvia na infância, de vozes e artistas que fizeram sucesso no veículo de comunicação. Segundo ela, o Café com a Presidenta, propicia chegar mais perto da população, como uma conversa.
Antes da cerimônia, na conta no Twitter, Dilma escreveu que a migração das rádios AM para FM significará mais qualidade de transmissão com menos ruídos e interferências, permitindo às emissoras de rádio ampliar a audiência.
“Sou fã de rádio. Cresci ouvindo radionovelas e por muito tempo testemunhei como o rádio foi o eixo da integração da cultura e da identidade nacional.”
No programa Café com a Presidenta, Dilma recordou que, quando morou em Belo Horizonte, sua mãe e a tia ouviam radionovelas transmitidas pela Rádio Nacional, como O Direito de Nascer.
“Eu gostava muito de escutar Jerônimo, o Herói do Sertão, e acompanhava as aventuras deste primeiro herói brasileiro do rádio. Outro programa do qual me lembro é o Repórter Esso, que dava as notícias do que estava acontecendo no Brasil e no mundo, e que meu pai gostava de ouvir todos os dias”, acrescentou.