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Quem vai poder tomar a vacina contra a covid-19 em São Paulo?

Com eficácia de 78%, governo de SP prevê aplicar vacina do Butantan a partir de 25 de janeiro. Ainda falta registro na Anvisa

 (Governo de São Paulo/Divulgação)

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GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 14h35.

Última atualização em 8 de janeiro de 2021 às 02h34.

Assim que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan/Sinovac receber o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo de São Paulo pretende iniciar uma campanha estadual de vacinação. A previsão é no dia 25 de janeiro. Já estão prontas para serem utilizada um total de 10,8 milhões de doses. Considerando que cada pessoa precisa de duas doses, é possível vacinar 5,4 milhões de pessoas.

O primeiro grupo a ser vacinado serão os profissionais de saúde. E, de acordo com o governador João Doria (PSDB), qualquer brasileiro vai poder se vacinar no estado, desde que esteja dentro do grupo prioritário.

“Todo e qualquer brasileiro que estiver em solo do estado de São Paulo e pedir a vacina receberá gratuitamente. Não precisará comprovar a residência”, disse Doria em entrevista no começo de dezembro. 

Ele ainda disse que não teme uma corrida de outros estados a São Paulo. “Se necessário vamos comprar mais vacinas", afirmou.

Dentro do Plano Estadual de Imunização contra a covid-19, a primeira fase da campanha de vacinação vai durar nove semanas, até o dia 28 de março em todos os 645 municípios. Serão imunizados 1,5 milhão de profissionais da saúde, e depois 7,5 milhões de pessoas acima de 60 anos.

Após os trabalhadores da saúde, o calendário vai começar, no dia 8 de fevereiro, pelos idosos com 75 anos ou mais. A vacina será em duas doses, com um intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda.

(Governo de São Paulo/Reprodução)

Nos planos do governo de São Paulo, uma verdadeira força-tarefa será montada para vacinar as primeiras 9 milhões de pessoas. O estado vai contar com 5.200 postos já existentes nos 645 municípios do estado. A previsão é imunizar todo o estado até o fim de 2021.

Serão 54.000 profissionais de saúde envolvidos na operação, 27 milhões de agulhas, 25.000 policiais para a escolta das vacinas até o local de aplicação. O governo ainda não descarta a possibilidade de ter imunização em quartéis, escolas, trens, ônibus, farmácias e terminais de ônibus.

(Governo de São Paulo/Reprodução)

Vacina tem 78% de eficácia em casos leves

A vacina do Instituto Butantan apresentou um resultado de 78% de eficácia contra a covid-19 no estudo com voluntários brasileiros. Representantes do Butantan conversaram na manhã nesta quinta-feira, 7, com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresentaram os resultados dos testes da chamada fase 3.

Os dados foram detalhados também em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira. De acordo com o Butantan, os estudos mostram que a Coronavac é 100% eficaz nos casos moderados e graves e 78% eficaz nos casos leves de covid-19. “A vacina vem para diminuir essa carga de doença, a gravidade de casos, impedir que as pessoas desenvolvam a forma mais grave da doença uma vez infectadas. É o que esperamos da vacina”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

A eficácia geral da vacina, aquela que considera todo o grupo de voluntários infectados, porém, não foi divulgada. De acordo com o Butantã, esses dados serão revelados assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluir a análise do pedido para uso emergencial.

De acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta manhã o Butantan iniciou o pedido de uso emergencial à Anvisa. Com isso, pretende iniciar a imunização no estado no dia 25 de janeiro.

Apesar da fala de Doria, a Anvisa emitiu uma nota e disse que ainda não recebeu o pedido de registro e que a reunião desta quinta-feira não é considerada o início de submissão.

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