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Quem vai para o segundo turno em SP? Boulos, Nunes e Marçal seguem empatados na reta final

Cila Schulman, presidente do instituto Ideia, analisa os últimos passos dos principais candidatos na disputa pela prefeitura

 (Renato Pizzutto/Band/Divulgação)

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Publicado em 5 de outubro de 2024 às 08h00.

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As eleições na cidade de São Paulo seguem indefinidas a dois dias da votação, com Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) empatados na liderança. Na avaliação de Cila Schulman, presidente do instituto Ideia, os indecisos e a abstenção podem ser determinantes para o resultado.

“O eleitor está muito confuso. Quando olhamos esse empate triplo, parece que estamos diante de uma eleição muito complexa”, avaliou Schulman durante o último programa Eleições 2024 antes do primeiro turno.

A análise de Schulman aponta que, diferentemente de outras eleições, esse pleito terá três forças principais, além de muitos temas fora do convencional, grande parte trazidos à tona pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB).

“Não é uma luta da esquerda contra a direita ou de um projeto contra o outro. É uma grande confusão, em que as pessoas não sabem quem é do PCC, quem é usuário de drogas ou quem bate em mulher. É muito complexo”, comentou.

Nesse cenário, Schulman acredita que Marçal tem mais chance de chegar ao segundo turno, por causa do perfil de eleitor que diz votar em Nunes.

“Vejo que podemos ter uma grande abstenção neste domingo. A abstenção tem aumentado nas últimas eleições e há vários motivos para isso. Primeiro, é muito fácil justificar o voto — você entra em um aplicativo e resolve a questão tranquilamente”, disse Schulman.

“Isso beneficia Marçal e prejudica Nunes, porque um tem um eleitor de alta renda, que vai votar, e o outro tem um eleitor mais pobre, que, pela dificuldade de locomoção até o local de votação, acaba não comparecendo”, afirmou.

Schulman acrescentou que todos os cenários possíveis indicam que a eleição será emocionante até o último minuto.

“Falamos isso desde o início do nosso programa: essa é a campanha mais emocionante do Brasil e vai ser com emoção até o último minuto”, afirmou a analista.

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Estratégias para os últimos dias de eleição

Com o fim do tempo de TV, rádio e do impulsionamento nas redes, os candidatos à frente terão estratégias distintas para mostrar força nessa reta final, mas nenhum deles parece estar em desvantagem.

Nunes deve usar a máquina pública e o grande número de apoios de vereadores e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Ele tem a máquina e todos os vereadores. No primeiro turno, ele teve mais eleitores por essa influência dos vereadores. Então, ele conta com esse exército e o apoio do governador”, explicou Schulman.

Sobre Marçal, Schulman afirma que o influenciador continuará tentando gerar fatos nos últimos dias e que sua imprevisibilidade torna a disputa ainda mais incerta.

“Ontem, no debate da Globo, mesmo sem gerar um fato novo, ele pautou as considerações finais de seus principais adversários. Ele tem grande capacidade de pautar o debate e é quem mais engaja nas redes sociais”, disse.

Do lado de Boulos, Schulman destacou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesses dias finais, com o objetivo de angariar mais votos para o candidato do PSOL.

“Ele fez uma live com Lula e vai realizar uma caminhada no sábado. O presidente tem grande capacidade eleitoral na cidade de São Paulo”, concluiu.

O programa ainda discutiu os cenários em outras capitais e as expectativas para as últimas pesquisas antes do primeiro turno.

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