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Quem são os executivos detidos na nona fase da Lava Jato

Dois executivos da fabricante ARXO foram detidos nesta quinta-feira; ao todo, a Polícia Federal cumpriu mandatos em quatro estados

Caminhão tanque da Petrobras Distribuidora (Agência Petrobras)

Caminhão tanque da Petrobras Distribuidora (Agência Petrobras)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 17h26.

São Paulo - Dois executivos da fabricante de tanques de combustíveis ARXO, de Santa Catarina,  foram detidos temporariamente hoje pela Polícia Federal na nona fase da Operação Lava Jato. Outro, que está em viagem internacional, deve se entregar na tarde da próxima sexta-feira. 

A empresa é uma das 26 que foram alvo de buscas e apreensões da Polícia Federal nesta quinta-feira. Em entrevista coletiva realizada na manhã de hoje em Curitiba (PR), a PF afirmou que está apurando se uma fabricante de caminhões e tanques de combustível teria pagado propina à BR Distribuidora

O diretor financeiro da ARXO, Sérgio Marçaneiro, e Gilson Pereira, um dos sócios, foram detidos temporariamente pela Polícia Federal para prestar depoimentos. João Gualberto Pereira, outro sócio da fabricante, deve se apresentar à PF até esta sexta-feira.

Segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, o setor administrativo da ARXO  ficou com as atividades suspensas ao longo do dia  para que funcionários possam prestar as informações solicitadas pela Polícia Federal. 

Sete de cada 10 postos do Brasil usam tanques de combustível produzidos pela empresa. Para este ano, a ARXO projeta um faturamento de 196 milhões de reais. Em outubro do ano passado, a empresa fechou um contrato de 85 milhões de reais com a BR Distribuidora. 

A ARXO foi fundada em 1967 e fica no Balneário de Piçarras.  Veja onde fica a empresa: 

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Nona fase da Lava Jato

Ao todo, 26 empresas foram sendo alvo de buscas e apreensões na manhã desta quinta-feira. Boa parte delas são empresas de fachada e teriam sido usadas para justificar a saída de dinheiro destinado ao pagamento de propina.

No total, a Polícia tinha 62 mandados judiciais - um de prisão preventiva, três de temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão. A operação aconteceu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

Veja um balanço da nona fase da Operação Lava Jato: 

SP - 10 mandados de busca e 2 de condução coercitiva (todos na capital). Todos os mandados foram cumpridos
RJ – 12 mandados de busca, 8 de condução coercitiva e 1 de prisão preventiva (todos na capital). Duas pessoas não foram localizadas. Assim, dois mandados não foram cumpridos: um de condução coercitiva e um de prisão preventiva. Os demais mandados foram cumpridos integralmente;
 BA – 2 mandados de busca e 1 de condução coercitiva (todos na capital). Todos os mandados foram cumpridos. 
SC – 16 mandados de busca, 7 de condução coercitiva e 3 de prisão nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Piçarras, Navegantes, Penha e Palmitos. Todos os mandados foram cumpridos, exceto a prisão temporária do executivo da ARXO. 

O tesoureiro do PT João Vaccari Neto também foi detido nesta quinta-feira.  Vaccari Neto foi apontado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco como o principal responsável pelo recebimento de propinas do partido.  Segundo o ex-executivo, o PT teria recebido cerca de US$ 200 milhões no esquema de corrupção.

Os investigadores afirmaram, durante a entrevista coletiva, que a nova fase apura a atuação de 11 novos operadores de esquemas de pagamento de propina. Eles teriam funções semelhantes à do doleiro Alberto Youssef, que tinha a atribuição de lavar o dinheiro usado no esquema.

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