O ex-secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Beltrame, é um dos candidatos a futuro ministro (Shana Reis/GERJ/Divulgação via Fotos Públicas/Divulgação)
Luiza Calegari
Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 16h24.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2018 às 11h54.
São Paulo – O presidente Michel Temer fez o primeiro anúncio público sobre a criação de um Ministério de Segurança Pública em uma reunião neste sábado, mas não citou quem seria seu indicado para assumir a pasta.
O projeto, no entanto, é mais antigo, e atende a uma reivindicação da chamada “bancada da bala” na Câmara dos Deputados. Há algumas semanas, portanto, já circulam pelo Planalto alguns nomes de candidatos ao posto de futuro ministro.
No domingo, 18, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que o perfil desejado pelo governo é alguém reconhecido e com interlocução política com governadores e com o Congresso.
"Criar o ministério da segurança Pública não é colocar no colo da União os problemas que são dos Estados", salientou.
Para o presidente do Senado, Eunício Oliveira, no entanto, a escolha de um nome só deve ser feita após a criação do novo ministério.
Veja quem são os mais cotados para o posto, até agora:
Um dos principais cotados para assumir o novo ministério é o ex-governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho.
Foi sob a sua gestão que ocorreu o “Massacre do Carandiru”, quando pelo menos 111 presos foram executados dentro do complexo penitenciário na capital paulista.
Ao jornal O Globo, auxiliares de Temer confirmaram que existe um lobby dentro do governo para que ele seja indicado.
Fleury foi procurado pela publicação, mas disse não ter sido consultado sobre uma possível indicação.
Outro nome aventado pelo governo é o do ex-secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame.
Ele foi um dos responsáveis pela política de implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nos morros cariocas.
Beltrame é favorável à privatização dos presídios brasileiros e já criticou o governo federal por se eximir de suas responsabilidades nas questões de segurança pública.
Gustavo Rocha, subchefe da Casa Civil, também é uma opção, segundo o jornalista Rudolfo Lago, da IstoÉ.
Rocha é o principal assessor jurídico de Temer e já tentou várias vezes ser alçado a um posto como ministro, segundo reportagem de O Globo.
De acordo com o Valor Econômico, Rocha é acostumado a atuar nos bastidores do governo e aconselha Temer em suas decisões importantes, sejam elas jurídicas, políticas ou pessoais.
O deputado pernambucano é o atual ministro da Defesa do governo Temer.
Jungmann foi secretário-geral da Frente Brasil Sem Armas e atuou no Congresso para a realização do referendo sobre o comércio de armas de fogo e munição no país, em 2005, quando defendia a proibição da comercialização de armas em todo o território nacional.
No governo Fernando Henrique, foi ministro do Desenvolvimento Agrário; no de Itamar Franco, foi secretário-executivo do Ministério do Planejamento.
(com informações das agências de notícias)