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Quem são as mulheres que deixam para ter filhos mais tarde

Em uma década, total de mulheres grávidas com mais de 50 anos cresce 41%. Já as mais jovens tendem a adiar a maternidade

Grávidas (Thinkstock/Thinkstock)

Grávidas (Thinkstock/Thinkstock)

Bárbara Ferreira Santos

Bárbara Ferreira Santos

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 06h00.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 06h00.

São Paulo -- O total de mulheres grávidas com mais de 50 anos cresceu 40,6% no país na última década. Em 2005, os cartórios brasileiros registraram o nascimento de 276 crianças filhas de gestantes nessa faixa etária. No ano passado, esse número pulou para 388, de acordo com a pesquisa anual de Registro Civil do IBGE.

O grupo etário que teve o maior aumento foi o das mulheres de 35 a 39 anos, com crescimento de 46,8%. Em 2005, 208.424 crianças nasceram de mães com essa faixa de idade enquanto em 2015 o número chegou a 305.989.

Também cresceu exponencialmente o total de grávidas entre 30 e 34 anos. O aumento foi de 428.371 crianças com mães nesse grupo etário em 2005 para 590.394 em 2015, um total de 37,8%.

Em contrapartida, as mulheres mais jovens estão adiando os planos de gravidez. Na última década, caiu o número de mães entre 15 e 19 anos (13,7%) e de 20 a 24 anos (16,3%), que são tradicionalmente o grupo etário com mais mulheres grávidas.

São Paulo lidera ranking de gravidez tardia

Em números absolutos, São Paulo é o estado que lidera o número de crianças nascidas de mulheres grávidas com 30 anos ou mais, com 244.462 nascimentos. Em seguida aparece Minas Gerais, com 98.147, e Rio de Janeiro, com 78.434.

Com isso, o Sudeste é a região que lidera o total de gestações tardias no país, com quase metade de todos os nascimentos de crianças com mães que têm 30 anos ou mais. Em 2015, o Sudeste teve um registro de 440.717 bebês com mães nessas faixas etárias ante 971.852 em todo o país.

Se o total de crianças nascidas de mães com mais de 30 anos for comparado ao total da população do estado, quem fica com a maior estimativa é o Distrito Federal. Lá ocorreram 663,7 nascimentos de crianças com mães mais velhas para cada 100 mil habitantes.

São Paulo aparece em segundo lugar, com 526 nascimentos/100 mil habitantes, e Santa Catarina em terceiro, com índice de 511 nascimentos/100 mil habitantes.

No total, nove estados superaram a média brasileira, que é de 471,6 nascimentos provindos de mães com mais de 30 anos/100 mil habitantes: Distrito Federal (663,7), São Paulo (526), Santa Catarina (511), Rio Grande do Sul (509), Acre (503), Espírito Santo (495), Amapá (488), Paraná (478) e Roraima (472).

Gráfico com número de crianças nascidas de mães com 30 anos ou mais por unidades da federação

- (Reprodução)

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