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Quem quer dialogar não faz o que o Bolsonaro fez na posse, diz líder do PT

Paulo Pimenta e outros deputados petistas disseram que não irão dialogar com o presidente, após Onyx ter proposto hoje um "pacto" com a oposição

Pimenta: para ele, o discurso de Bolsonaro na posse não dá abertura para diálogo (Najara Araujo/Agência Câmara)

Pimenta: para ele, o discurso de Bolsonaro na posse não dá abertura para diálogo (Najara Araujo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 14h48.

Última atualização em 2 de janeiro de 2019 às 14h49.

São Paulo — Deputados do PT recusam um diálogo com o presidente Jair Bolsonaro após o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ter proposto hoje um "pacto" com a oposição para a aprovação de reformas no Congresso Nacional.

Petistas dizem que o discurso de Bolsonaro na posse, afirmando que o país começou a se libertar do "socialismo" e que a "nossa bandeira jamais será vermelha", além de declarações anteriores atacando a oposição, não dá espaço para um diálogo.

"Quem quer dialogar não faz o que o Bolsonaro fez na posse ontem. A posse foi um ato de hostilidade e de propagação de ódio", disse ao Broadcast/Estadão o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta.

"O Bolsonaro tem que aprender primeiro que, quando ele abre a boca, tem consequência. Não adianta mandar o funcionário desfazer o que o chefe fez".

O líder petista condicionou um diálogo a uma mudança de posicionamento do presidente. "Em primeiro lugar, tem que aprender a ter uma postura que até hoje nunca demonstrou a capacidade de ter."

Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a proposta de Onyx não apaga os discursos anteriores de Bolsonaro, que inviabilizariam um acordo com a oposição.

"Até agora o pacto que eles propuseram é a gente dar o pescoço e eles a corda. É meio difícil. Se for diferente a conversa, não nos negamos a conversar. Por enquanto, o discurso de Bolsonaro não é de entendimento, é de confrontação", declarou o parlamentar paulista.

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