Juliana Marins (Instagram/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 21 de junho de 2025 às 16h25.
Última atualização em 24 de junho de 2025 às 11h35.
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida nesta terça, 24, após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. O acidente aconteceu na madrugada do sábado, 21, no horário local — ainda na noite de sexta, 20, pelo horário de Brasília.
Natural de Niterói (RJ), Juliana estava fazendo um mochilão pela Ásia e contratou uma empresa local de turismo para a subida ao Rinjani. Durante o percurso, sofreu uma queda que a levou a cerca de 300 metros da trilha original.
A jovem foi localizada por turistas com a ajuda de um drone. Eles registraram sua posição e divulgaram os vídeos nas redes sociais, até que a informação chegasse a familiares no Brasil.
Sem sinal de internet, Juliana não conseguiu acionar o socorro. Familiares contaram que o pacote de dados contratado por ela não funcionava na região remota onde o acidente ocorreu. “Ela está estabilizada e viva, é o que temos de informação. Vão colocá-la na maca assim que possível”, informou Mariana Marins, irmã da jovem, segundo o g1.
A operação de resgate foi dificultada pela neblina e baixa visibilidade, já que a equipe chegou até ela por volta das 21h, no horário local. O trabalho de retirada deve ser retomado na manhã de domingo, 22.
A Embaixada do Brasil na Indonésia interveio para o resgate continuar durante a noite, mesmo com condições adversas. O local do acidente fica a quatro horas do centro urbano mais próximo.
Em um dos vídeos compartilhados com a família, um turista afirmou, em inglês: “Ela parece muito assustada”. Foi por meio dessas imagens que Mariana soube do acidente da irmã.
Juliana é formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e também atua como dançarina. Ela já havia passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. A viagem, iniciada em fevereiro, vinha sendo compartilhada por ela nas redes sociais.
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, caiu no Monte Rinjani, na Indonésia, enquanto realizava uma trilha guiada no sábado, 21.
A publicitária de Niterói ficou presa a uma profundidade de aproximadamente 500 metros por quatro dias.
Juliana estava caminhando com outros turistas e um guia local pela trilha do Monte Rinjani, quando reclamou de cansaço e parou.
O guia seguiu adiante, deixando Juliana sozinha. A jovem, então, caiu.
O vulcão no Monte Rinjani é conhecido por ser um destino turístico desafiador, com uma trilha considerada uma das mais complicadas na Indonésia. O Parque Nacional de Rinjani, para garantir a segurança, suspendeu temporariamente o acesso de turistas à trilha do vulcão.
O Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, é o segundo maior vulcão da Indonésia, com impressionantes 3.726 metros de altura. Este vulcão ativo apresenta risco de erupção, apesar de a última atividade vulcânica significativa ter ocorrido entre agosto e setembro de 2016, segundo o Programa Global de Vulcanismo do Smithsonian Institution.
O Rinjani já foi cenário de diversos acidentes fatais envolvendo turistas. Em maio de 2025, um turista malaio de 57 anos morreu após cair enquanto escalava o vulcão.
Em 2022, um turista português também faleceu ao despencar de um penhasco no cume do vulcão. Este não foi o único caso trágico: em 2012, um grupo de sete estudantes morreu durante uma escalada, destacando a periculosidade da trilha.
Além dos acidentes causados por quedas, o vulcão Rinjani também foi atingido por um terremoto de 6,4 de magnitude em 2018, o que resultou em desabamentos nas trilhas e provocou a morte de 17 pessoas.
Mais de 330 turistas ficaram feridos, conforme os relatos da imprensa internacional e autoridades locais.