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Quem é Joaquim Levy, o mais cotado para a Fazenda

Joaquim Vieira Ferreira Levy já foi secretário do Tesouro Nacional durante o primeiro governo Lula. Hoje, é diretor-superintendente do Bradesco Asset Management

Joaquim Levy: atualmente, ele chefia a divisão de gestão de ativos do Bradesco (Thomas Lee/Bloomberg)

Joaquim Levy: atualmente, ele chefia a divisão de gestão de ativos do Bradesco (Thomas Lee/Bloomberg)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 17h01.

São Paulo – Até meados desta semana, o carioca Joaquim Levy não figurava em nenhuma lista de cotados para o Ministério da Fazenda. Com a recusa de  Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, ao convite de Dilma para assumir a pasta, o cenário mudou e, hoje, ele é um dos principais nomes para substituir Guido Mantega. 

A expectativa era de que a presidente fizesse o anúncio no final da tarde desta sexta-feira. O pronunciamento, contudo, foi adiado pelo Planalto. Ainda não foi definida uma data para a divulgação dos nomes da equipe econômica do próximo mandato de Dilma. 

Para o mercado, a indicação de Levy pode ser um sinal claro de que a petista pretende dar um rumo mais ortodoxo para a política econômica daqui para frente. 

Aos 53 anos, Joaquim Vieira Ferreira Levy já foi secretário do Tesouro Nacional durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, ele atua como diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos do Bradesco. Veja outros fatos sobre o hoje executivo: 

Ele é formado em Engenharia Naval com doutorado em Economia

Levy é doutor em Economia pela Universidade de Chicago (1992), tem mestrado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 1987, e é formado em Engenharia Naval pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1990, foi professor do curso de mestrado da FGV.

Trabalhou no FMI e no BC Europeu

Dois anos depois, começou a trabalhar no Fundo Monetário Internacional (FMI), onde ficou até 1999. No FMI, ele atuou nos departamentos do Hemisfério Ocidental, Europeu I e de Pesquisa, nas divisões de Mercado de Capitais e da União Europeia.

Entre 1999 e 2000, Levy trabalhou como economista visitante do Banco Central Europeu nas áreas de Mercado de Capitais e de Estratégia Monetária.

Atuou na área econômica de FHC e Lula

O economista começou sua carreira no governo brasileiro durante o último mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso. Em 2000, ele foi nomeado Secretário-Adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda e, no ano seguinte, assumiu o cargo de economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder em 2003, Levy foi alçado ao cargo de Secretário do Tesouro Nacional – onde ficou até 2006. 

Ficou 7 meses no BID

Levy assumiu o cargo de vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em abril de 2006, mas deixou o posto em novembro do mesmo ano por supostas divergências com o então presidente da instituição, Luis Alberto Moreno – de acordo com relatos feitos à Agência Estado na época.

Neste período, o brasileiro ficou responsável pelos departamentos Financeiro, Jurídico, de Pesquisa, de Informática e Serviços Gerais, de Orçamento e Aquisições Institucionais, de Integração e Programas Regionais e de Recursos Humanos.

Foi secretário da Fazenda do RJ

Em janeiro de 2007, foi nomeado secretário da Fazenda do Rio de Janeiro, durante o governo de Sérgio Cabral (PMDB). Em sua gestão, o estado foi confirmado como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Está há quatro anos no Bradesco

Três anos depois, Levy passou a integrar os quadros do Grupo Bradesco. Hoje, ele é diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos do Bradesco. 

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