Brasil

Quem é Ana Amélia, a candidata a vice de Geraldo Alckmin

A senadora gaúcha, de 73 anos, defende interesses dos ruralistas, apoia a operação Lava Jato e tem atuado no combate à corrupção

Ana Amélia: após uma decisão do Centrão, o PP emplacou a senadora como candidata a vice na chapa de Alckmin (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Ana Amélia: após uma decisão do Centrão, o PP emplacou a senadora como candidata a vice na chapa de Alckmin (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 11h18.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 14h28.

São Paulo — Após uma decisão tomada pelos líderes do Centrão (grupo formado pelos partidos DEM, Solidariedade, PP, PR e PRB), o Partido Progressista (PP) emplacou a senadora Ana Amélia Lemos como pré-candidata a vice-presidente na a chapa de Geraldo Alckmin, do PSDB. A convenção nacional dos tucanos acontece neste sábado, 4, e deve oficializar a candidatura de Alckmin ao Palácio do Planalto.

Nascida em Lagoa Vermelha (RS), Ana Amélia, de 73 anos, foi jornalista e trabalhou como colunista e comentarista do Grupo RBS em Brasília. Deixou o jornalismo em 2010 para disputar uma vaga no Senado pelo PP. Naquele ano, a gaúcha foi eleita senadora pelo Rio Grande do Sul com 29,54% dos votos válidos.

Dentro de seu mandato, que se encerra em dezembro de 2019, Ana Amélia foi opositora de Dilma Rousseff, apoiando o impeachment da ex-presidente. Dentre as áreas em que atuou, destacam-se combate à corrupção, questões da mulher e saúde. Ela é considerada parte da bancada ruralista, grupo de parlamentares que defendem os interesses do agronegócio.

A escolha de Alckmin pela vice é também um aceno ao eleitorado mais conservador do país, em busca de recuperar votos que haviam migrado para o deputado federal Jair Bolsonaro. A senadora gaúcha também poderá ajudar a melhorar o desempenho de Alckmin no Sul do país, onde o tucano tem perdido votos para o pré-candidato do Podemos, Álvaro Dias.

Em abril deste ano, a senadora trocou acusações com a também senadora Gleisi Hoffmann (PT), após a petista gravar um vídeo para a emissora de TV Al-Jazeera pedindo uma campanha pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, declarações de Ana Amélia provocaram críticas de membros do PT e de grupos árabes.

Ana Amélia também é defensora da Operação Lava Jato e das prisões após condenação em segunda instância. Apesar de ter apoiado o presidenciável Aécio Neves nas eleições de 2014, a senadora votou pelo afastamento de Aécio depois de ele ter sido citado nas delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, da J&F.

Ana Amélia também encabeçou a proposta de emenda constitucional que torna o voto facultativo. Em quase oito anos de mandato, a senadora apresentou 91 projetos de lei e 14 propostas de emendas constitucionais (PEC’s). A senadora é líder do Ranking dos Políticos, que mede a qualidade dos parlamentares com base em presença em sessões, processos judiciais a que responde, projetos aprovados e outros critérios.

Acompanhe tudo sobre:Álvaro DiasAna Amélia LemosEleições 2018Geraldo AlckminProgressistas (antigo PP)PSDB

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP