(Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de março de 2022 às 12h28.
Última atualização em 16 de março de 2022 às 12h36.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou atrás e informou que ainda não há confirmação de que os dois casos que havia apontado como se fosse da variante de covid-19 deltacron sejam de fato dessa combinação entre delta e ômicron.
"Pessoal, esclarecendo: os dois casos de deltacron que citei mais cedo ainda estão em investigação e foram notificados ao @minsaude pelos estados. O sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratório de referência nacional da Fiocruz", escreveu Queiroga em sua conta no Twitter na noite de terça-feira.
Mais cedo na terça, o ministro havia dado entrevistas em que citou a ocorrência de dois casos, um no Pará e outro no Amapá.
A deltacron é uma variante surgida na Europa que combina parte da variante delta com parte da variante ômicron. De acordo com os cientistas que a identificaram, o vírus usa a proteína Spike da ômicron, que facilita a entrada nas células, e o corpo da delta.
Ainda assim, a avaliação é de que a nova variante — classificada como de importância — não teria se revelado mais perigosa e seria controlada pelas vacinas por não trazer variações consideráveis. Segundo Queiroga, a nova variante não traria grandes riscos.
"De qualquer forma, não há motivos para preocupação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a deltacron apenas como variante para monitoramento (Vum) e não a considerou como variante de interesse ou preocupação, como foi o caso da ômicron e da Delta, por exemplo", escreveu o ministro.