Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Myke Sena/MS/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de maio de 2021 às 11h50.
Última atualização em 31 de maio de 2021 às 12h13.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, previu nesta segunda-feira, 31, que até o fim do ano a totalidade da população brasileira estará imunizada contra a covid-19. Ele fez a estimativa durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado por Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal.
Esta é a primeira vez que o evento é realizado de forma virtual por causa da pandemia de coronavírus. "Tenho certeza de que até fim do ano conseguiremos imunizar população", disse o ministro. "Teremos todos os cidadãos imunizados em nosso país até o fim do ano", reforçou em outro trecho de sua fala.
No início de sua apresentação, Queiroga enfatizou que o presidente Jair Bolsonaro tem indicado desde que assumiu a pasta que seu governo tenha ações simultâneas nas áreas da Saúde e da Economia. Ele está no mesmo painel que o ministro da Economia, Paulo Guedes. Queiroga aproveitou o momento para passar uma mensagem de solidariedade às vítimas da covid-19 e ressaltar o "empenho e dedicação dos profissionais de saúde".
O ministro afirmou que tem buscado expandir ações de enfrentamento da covid-19 no Ministério da Saúde com três focos: acelerar campanha de vacinação, garantir a assistência à saúde aos que foram afetados pela doença e reforçar medidas sanitárias. Ele apresentou ainda dados sobre número de vacinados e entrega de imunizantes e disse que, apenas este ano, já foram investidos R$ 3,4 bilhões na área em novos leitos, inclusive com e sem suporte ventilatório invasivo.
Queiroga afirmou que o governo quer a fabricação em território nacional de insumos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A afirmação foi feita durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal. Esta é a primeira vez que o evento é realizado de forma virtual por causa da pandemia de coronavírus.
"O sistema de saúde público e privado foi posto à prova durante esta crise sem precedentes", disse o ministro. Por isso, de acordo com ele, o governo busca fomentar o desenvolvimento tecnológico e o intercâmbio de conhecimento. A pandemia de coronavírus acelerou, conforme Queiroga, a busca por mais desenvolvimento de insumos ligados à área de Saúde, de modo a reduzir dependência produtiva e tecnológica em área, segundo ele tão sensível e estratégica para o País.
É importante, para isso, na avaliação do ministro, que haja parcerias de desenvolvimento produtivo com a iniciativa privada. "Precisamos assegurar mais investimentos no complexo da saúde", disse. E é com esta linha de raciocínio que ele convidou os participantes do evento a investirem na Saúde do Brasil, salientando a "imensa" demanda interna do País, que conta com mais de 200 milhões de habitantes. "Mais do que um sonho deve ser o compromisso de cada um", afirmou.
As medidas adotadas nessa linha pelo governo revelam, de acordo com Queiroga, o "compromisso inconteste" do presidente Jair Bolsonaro com a ciência, a inovação e a produção de vacinas no território nacional.
Um dia depois de várias manifestações no Brasil e no exterior contra o governo atual, o ministro disse que apenas a covid-19 deve ser vista como um ponto negativo a ser combatido. "Em situação de emergência sanitária no Brasil, só temos um inimigo: o vírus."
Marcelo Queiroga também disse que a expansão contínua da vacinação contribui para melhora da previsão de crescimento da economia. "Cada 10% da população vacinada aumenta em 0,13 ponto porcentual as projeções de crescimento da economia", afirmou, durante o fórum.
Queiroga disse ainda que o governo está lançando um programa de testagem para ampliar sistematicamente os exames de covid no País, principalmente em áreas chave como escolas. "As medidas de controle de circulação do vírus visam garantir sociedade e economia funcionando de forma segura. Teremos todos os cidadãos imunizados em nosso país até o fim do ano", completou.
No evento com investidores, o ministro procurou "vender" o setor de saúde brasileiro como uma "ótima oportunidade de negócios". "Nesse momento de crise, a soma de recursos públicos e privados é fundamental. Propomos uma política transversal entre setor público e privado de saúde", afirmou.
De acordo com Queiroga, a intenção é ampliar, com a parceria do setor privado, o acesso da população brasileira a produtos e tecnologias de saúde e diminuir vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
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