Brasil

Queiroga critica reajuste de planos de saúde e defende reforma do SUS

O ministro da Saúde defendeu a mudança no modelo do SUS para melhorar a eficiência da alocação dos recursos

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
 (Tony Winston/MS/Flickr)

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Tony Winston/MS/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2021 às 11h40.

Última atualização em 3 de maio de 2021 às 12h55.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta segunda-feira, 3, durante evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) uma reforma do Sistema Único de Saúde (SUS) e criticou reajustes de preços feitos por planos de saúde privados durante a pandemia de Covid-19 no Brasil.

Como a vida pós-vacina vai mudar a sua vida profissional? Assine a EXAME e entenda.

"O Sistema Único de Saúde é um patrimônio de todos os brasileiros, devemos fortalecê-lo, não só na assistência especializada à saúde, mas sobretudo na atenção primária", disse Queiroga.

"Nós precisamos reformar o Sistema Único de Saúde. É claro que nós temos uma reforma tributária a ser analisada pelo Congresso Nacional, nós temos um ambiente político muito exigente, com muita divergência, redes sociais muito inflamadas", afirmou, acrescentando que é necessário mudar modelo do SUS com melhor eficiência da alocação dos recursos.

Queiroga também comentou sobre saúde suplementar, ao mesmo tempo que disse que não tem interesse em controlar preços, criticou a concentração no setor e a regra que permite à Agência Nacional de Saúde Suplementar regular os reajustes de planos de saúde, mas não os de planos individuais.

"Não é função do Ministério da Saúde intervir em política de preço, deixo bem claro aqui para não dizerem que estou querendo controlar preço da saúde suplementar, não quero e não é minha função, mas também não podemos achar que é normal determinadas seguradoras num contexto pandêmico querendo reajustar plano de saúde em 30%", criticou.

Pfizer

Queiroga disse que um segundo contrato com a Pfizer, que ele voltou a afirmar que está na iminência de ser assinado, prevê mais 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 da farmacêutica norte-americana, com a entrega de 35 milhões em outubro.

"Ou seja, o Brasil terá à disposição da sociedade 200 milhões de doses da Pfizer, ainda para este ano, porque este segundo contrato ele prevê para o mês de outubro já 35 milhões de doses da Pfizer", disse Queiroga durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro explicou que este acordo em negociação é um segundo contrato com a Pfizer, que se soma ao já assinado e que prevê a aquisição pelo Ministério da Saúde de 100 milhões de doses da vacina, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech, até o final de setembro.

Imprensa

Queiroga disse também que parte da imprensa não contribui com o Brasil durante a pandemia de Covid-19 e disse que os empresários deveriam repensar a publicidade nesses veículos.

O ministro reclamou de uma foto tirada enquanto ele ajeitava a máscara quando foi receber vacinas contra Covid-19 vindas do mecanismo Covax Facility no fim de semana e disse que, em breve, aqueles que não contribuem com o país, na visão dele, serão desmascarados.

"Vai chegar o momento em que nós vamos desmascarar essas pessoas que não contribuem com o Brasil. Até parte importante da imprensa, eu não sei por que motivação querem fazer isso para fomentar a discórdia", disse o ministro, antes de se dirigir diretamente à plateia de empresários presentes.

"Era bom até que os senhores que são da iniciativa privada e fazem publicidade nesse tipo de veículo de comunicação repensassem essas estratégias", aconselhou.

O podcast EXAME Política vai ao ar todas as sextas-feiras. Clique aqui para seguir no Spotify, ou ouça em sua plataforma de áudio preferida, e não deixe de acompanhar os próximos programas.

 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMinistério da SaúdePlanos de saúdeSUSVacinas

Mais de Brasil

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi

Ex-vice presidente da Caixa é demitido por justa causa por assédio sexual

Alíquota na reforma tributária dependerá do sucesso do split payment, diz diretor da Fazenda