Queiroga diz que vacinação reduziu mortes por Covid (Pedro Gontijo/Senado Federal/Flickr)
Reuters
Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 12h17.
Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 15h28.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que o Brasil deve ter mais casos da variante Ômicron do coronavírus, após o quinto caso confirmado em São Paulo levar a 11 o total no Brasil, ao mesmo tempo que destacou que o avanço da vacinação contra a Covid-19 ajudou na redução de mortes causadas pela doença no país.
O ministro disse durante evento na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que o mundo vive "espreitado" por causa de novas variantes do coronavírus.
"Já foram identificados 11 casos aqui no Brasil e com certeza deve haver mais, porque quando se identifica uma variante, não é o caso de punir o país que identificou. Nós temos que aplaudir quem identifica essas variantes, para que possamos nos preparar melhor e combater essas ameaças", disse Queiroga.
Os primeiros casos no Brasil da Ômicron, variante inicialmente detectado na África do Sul, surgiram em São Paulo e a transmissão interna da nova cepa já está sendo investigada.
Em contraste com o discurso do presidente Jair Bolsonaro, que constantemente e sem fundamentação científica coloca em dúvida a eficácia e a segurança das vacinas contra Covid-19, Queiroga destacou a importância da campanha de imuninização no combate à pandemia no país.
"O Brasil hoje é um exemplo mundial em relação à campanha de imunização contra a Covid-19, e por isso que nos últimos seis meses tivemos redução expressiva do número de casos e óbitos decorrentes da Covid-19, que resultou numa menor pressão sobre nosso sistema de saúde. É uma esperança de contermos o caráter pandêmico da Covid-19 e vivermos no tão ansiado pós-Covid", disse.
No sentido oposto ao da fala do ministro, Bolsonaro costuma afirmar de forma equivocada que pessoas que se recuperaram da Covid têm uma imunidade superior contra a doença do que aquela conferida pelas vacinas. O presidente também afirma não ter se vacinado, apesar de vários de seus ministros terem tomado o imunizante publicamente.