(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)
Reuters
Publicado em 21 de junho de 2021 às 12h00.
Última atualização em 21 de junho de 2021 às 12h48.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que um lote de 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen contra Covid-19 chegará ao Brasil na manhã de terça-feira, uma semana depois do previsto originalmente.
A quantidade de doses anunciada pelo ministro durante audiência no Senado é a metade do número que ele havia anunciado no dia 8 de junho, quando previu para a semana passada a chegada de 3 milhões de doses do imunizante.
Ao contrário da maioria das vacinas contra Covid-19, que é aplicada em duas doses, a vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, é aplicada em dose única, o que significa que o montante anunciado por Queiroga será suficiente para completar o esquema vacinal de 1,5 milhão de brasileiros.
O Ministério da Saúde tem contrato com a Janssen para compra de 38 milhões de doses do imunizante.
O ministro ainda afirmou que toda a população brasileira acima dos 18 anos deve ser imunizada com a primeira dose de vacina contra covid-19 até setembro deste ano. A previsão, segundo o ministro, é uma meta "bastante razoável".
Queiroga manteve o discurso que, até o fim deste ano, toda a população adulta do País também deverá ser vacinada com as duas doses da vacina.
"Pelo ritmo que nossa campanha vem adquirindo nas últimas semanas, no último mês, já é possível antever que toda a população brasileira acima de 18 anos pode ser imunizada com uma dose da vacina até o mês de setembro", estimou o ministro em audiência pública na Comissão Externa da Covid-19 do Senado.
"E pelas 600 milhões de doses de que já dispomos, é possível antever também que tenhamos a população brasileira acima de 18 anos vacinada até o final do ano de 2021. O que nós consideramos dentro das condições de carência de vacina no mundo, uma meta bastante razoável, e que faz jus à força e à tradição do nosso Programa Nacional de Imunização", completou.
Marcelo Queiroga também disse que não é necessário que professores tomem as duas doses da vacina contra covid-19 para dar início ao retorno das aulas presenciais no País. Para o ministro, uma política mais incisiva de testagem contra a doença já permitiria a volta às aulas no segundo semestre deste ano.
"No meu entendimento, não é fundamental que todos os professores estejam imunizados com duas doses para o retorno das aulas. Com a estratégia adequada de testagem, podemos compatibilizar o retorno das aulas com a identificação dos casos positivos, e a partir daí ter já no segundo semestre o retorno de aulas", argumentou a comissão do Senado.
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