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Queda de paredão em Capitólio deixa ao menos 5 mortos e 20 desaparecidos

O número de desaparecidos, segundo o representante da corporação, é uma estimativa que foi levantada junto a testemunhas, agências de turismo e familiares

 (Leandro Fonseca/Exame)

(Leandro Fonseca/Exame)

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Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2022 às 14h00.

Última atualização em 8 de janeiro de 2022 às 19h25.

Um deslizamento de pedras de um cânion no Lago de Furnas, no município de Capitólio, em Minas Gerais, atingiu embarcações com turistas neste sábado, 8. Até às 17h25, cinco mortes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros do estado.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais trabalha com a possibilidade de até 20 pessoas desaparecidas no local, informou o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado coronel Edgard Estevo em coletiva de imprensa.

O número de desaparecidos, segundo o representante da corporação, é uma estimativa que foi levantada junto a testemunhas, agências de turismo e familiares.

Além dos óbitos e dos desaparecidos, há 32 feridos. Destes, nove seguem internados em hospitais públicos das cidades de Piumhi, São João da Barra e Passos. Outros 23 feridos foram atendidos na Santa Casa de Capitólio e já foram liberados.

Os corpos das vítimas estão sendo levadas ao município de Passos para identificação. A região do Lago de Furnas onde ocorreu o acidente está isolada e sem acesso para visitantes.

Como ocorreu o acidente

O incidente teria ocorrido com uma "cabeça d´água" na região dos cânions, com o rolamento de pedras e estruturas rochosas, que atingiram ao menos três embarcações, das quais duas teriam afundado, disse mais cedo um porta-voz da corporação. Minas Gerais tem sido atingida por fortes chuvas nos últimos dias.

Nas imagens de um vídeo divulgado nas redes sociais minutos após o desabamento, é possível ver o momento em que um pedaço de pedra vindo de um dos cânions do local se solta e acerta ao menos três barcos nas redondezas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, contudo, não é possível ainda estimar quantas embarcações foram afetadas pelo deslizamento de pedras. As autoridades trabalham com a hipótese de o acidente ter afundado alguns dos barcos mais próximos dos paredões rochosos ao redor do Lago de Furnas.

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Buscas

"Estamos contando com aproximadamente 40 bombeiros, incluindo mergulhadores especializados, com equipamentos especializados, para poder dar continuidade às buscas com segurança", disse Estevo.

"As buscas vão continuar", afirmou, pontuando que os mergulhos devem ser interrompidos no período noturno por questões de segurança.

Estevo reiterou informação publicada mais cedo de que até agora houve a confirmação de um total de 32 vítimas levadas a hospitais da região, sendo que 23 delas já foram atendidas e liberadas.

As cinco vítimas fatais, segundo comandante, foram encontradas mortas já no local.

Reação de autoridades

A Marinha do Brasil, em nota, afirmou que abrirá um inquérito para apurar as causas e circunstâncias do deslizamento e afirmou ter deslocado equipes de busca e salvamento para o local para que prestem "o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos".

"Furnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local", disse a Marinha.

No Twitter, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), prestou solidariedade às famílias atingidas pelo desabamento. Ele afirmou que o "Governo de Minas está presente desde os primeiros momentos através da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros" e que os trabalhos de resgate ainda estão em andamento. "Seguiremos atuando para fornecer o apoio e amparo necessários", escreveu.

Capitólio é um destino turístico de Minas Gerais, a 293 km de Belo Horizonte, conhecido pelo Lago de Furnas e pelos paredões de mais de 20 metros de altura. Havia entre 70 e 100 pessoas em embarcações na região no momento do deslizamento.

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