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Quase metade das residências no país tem carro, e acesso a motos cresce, diz IBGE

Em 2023, 24,6% dos domicílios do país tinham uma motocicleta, ante 22,6% em 2016

Agência o Globo
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Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 10h19.

O número de motocicletas cresceu no Brasil, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua) sobre as condições dos domicílios brasileiros, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

Em 2023, 24,6% dos domicílios do país tinham uma motocicleta, ligeiramente abaixo dos 25% de 2022, mas acima dos 22,6% de 2016, primeiro ano da série histórica do IBGE.

A posse de carros também é crescente, embora tenha havido uma queda maior na passagem de 2022 para 2023. Ano passado, 48,1% dos lares brasileiros tinham carro, ante 49,8% em 2022. A proporção estava em 47,6% em 2016.

Os dados do IBGE corroboram números sobre a atividade da indústria fabricante de carros e motos. Os emplacamentos de motos somaram 1,58 milhão de unidades no ano passado, maior desde 2012, segundo a Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos. Até novembro deste ano, já são 1,72 milhão de motos emplacadas, salto de 19% sobre igual período de 2023.

Opção de transporte e meio de sustento

De acordo com empresas e especialistas do setor, as motocicletas têm sido cada vez mais usadas pelos brasileiros devido a uma combinação de dois fatores: a busca por uma alternativa ao transporte público mais barata que o automóvel e o trabalho com entregas ou mototáxi no país nos últimos anos.

No caso dos automóveis, houve 1,72 milhão de emplacamentos em 2023, alta de 9% sobre 2022, segundo a Fenabrave. Neste ano, as vendas de outubro foram as melhores em dez anos. Até novembro, já são 1,76 milhão emplacamentos. A alta sobre igual período de 2023 é de 15%.

No que se refere ao acesso de outros bens no domicílio, os dados da Pnad Contínua mostram o avanço na posse de eletrodomésticos, como geladeira e máquina de lavar roupa, na comparação com anos atrás.

Sinalização semelhante já havia aparecido em outra divulgação do IBGE, da semana passada, com dados do Censo 2022 — que não são completamente comparáveis com o que foi anunciado nesta sexta-feira.

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