Pandemia em SP: confira as novas regras para o comércio e as novas datas de vacinação no estado de São Paulo, anunciadas por João Doria nesta quarta-feira (28). (Eduardo Frazão/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 28 de julho de 2021 às 12h57.
Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 10h39.
O governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira, 28, mudanças nas regras da quarentena em todo o estado. Os estabelecimentos podem abrir com capacidade de 80% (antes era 60%) e entre as 6h e a meia-noite (antes era até 23 horas) a partir do dia 1° de agosto. A nova regra tem validade até 16 de agosto. O toque de recolher deixa de existir.
A partir do dia 17 de agosto não haverá mais limite de capacidade. O uso de máscara continua obrigatório em espaços públicos, o distanciamento de pelo menos um metro entre as pessoas também permanece, além da disponibilidade de álcool em gel.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, na segunda quinzena de agosto os estabelecimentos poderão funcionar depois da meia-noite, mas os protocolos de segurança vão continuar.
Desde o começo de maio, o governo de João Doria (PSDB) decidiu adotar uma quarentena que chama de ‘transição’ de forma uniforme em todo o estado, sendo permitido às prefeituras impor regras mais rígidas de acordo com a situação local. Antes, o modelo era determinado por fases e cores, indo da 1 vermelha, a mais restrita, até a 5 azul, a mais flexível, e feito por macrorregiões.
Nas redes de ensino público e privado, o governo manteve as regras atuais, com 100% de capacidade, com distanciamento de um metro entre os estudantes, uso de máscara obrigatório, e a disponibilidade de álcool em gel. Por enquanto, a volta não é obrigatória e cada escola tem autonomia para estabelecer regras que façam sentido no contexto local.
De maneira geral, o estado de São Paulo conseguiu reduzir os índices de casos, mortes e internações por covid-19. A taxa estadual de ocupações em leitos de UTI está em 54% e na Grande São Paulo em 49%. A média diária de novos casos está em 9.693, metade do registrado no pico em junho, e valor próximo da primeira onda, no meio do ano passado.
Quando o recorte é feito apenas na capital paulista, o cenário é menos preocupante do que há alguns meses. O número de casos confirmados de covid-19 na última semana ficou abaixo dos 10 mil, valor similar ao registrado no início da pandemia, em abril de 2020.
No interior, a queda no número de óbitos também é significativa. Quase metade das cidades do estado de São Paulo - 288 o que corresponde a 44% - não registraram mortes por covid-19 na penúltima semana. Segundo dados da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo, a média diária de vítimas na semana retrasada foi de 383. O número é inferior ao registrado no pico da pandemia, no começo de abril, quando estava em mais de 800 mortes.
Na avaliação de especialistas em saúde público ouvidos pela EXAME, os números são reflexo da vacinação. Na terça-feira, 27, o estado atingiu 75% da população adulta vacinada com pelo menos a primeira dose. Considerando as pessoas que concluíram o esquema vacinal, com duas doses ou com dose única, 20% estão totalmente protegidas.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira, 28, uma nova antecipação do calendário de vacinação no estado para adultos e adolescentes. A previsão é vacinar, com pelo menos a primeira dose, toda a população adulta, com até 18 anos, até o dia 16 de agosto. Antes, a meta era vacinar até o dia 20 de agosto. A imunização de adolescentes e crianças com idade entre 17 e 12 anos, que começaria só em 23 de agosto, começa no dia 18 de agosto.
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