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Gilson Garrett Jr
Publicado em 3 de março de 2021 às 14h55.
A partir de sábado, 6, todo o estado de São Paulo entra na fase mais restrita da quarentena, em que somente serviços essenciais são permitidos. Apesar disso, as escolas, tanto públicas quanto privadas, permanecem abertas. A rede estadual vai manter o ensino remoto, como já vinha ocorrendo. Pais e instituições de ensino têm autonomia para decidir se os alunos precisam de algum atendimento presencial.
Segundo o secretário de estado da Educação, Rossieli Soares, nas próximas duas semanas a presença não é obrigatória e a orientação é para priorizar alunos mais vulneráveis, como aqueles sem acesso à internet, que necessitam de alimentação escolar, ou com responsáveis em trabalhos essenciais.
“As escolas permanecem abertas. Obviamente com todos os cuidados e focadas nas pessoas que mais precisam. A escola é a última a fechar. Aprendemos muito na pandemia e sabemos que tem pessoas que necessitam. Para aqueles alunos que conseguem fazer ensino à distância, permaneçam assim”, disse Rossieli em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 3.
Ainda de acordo com o secretário, o transporte escolar será mantido. Para as unidades que estiverem abertas, é necessário seguir protocolos de segurança, como distanciamento de 1,5 metro entre os alunos, presença máxima de 35%, e uso obrigatório de máscara durante todo o período em que estiver na escola (veja abaixo).
No ensino superior, as aulas ficam 100% presenciais somente nos cursos de medicina, farmácia, enfermagem, fisioterapia, odontologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição, psicologia, obstetrícia, gerontologia e biomedicina. Nos demais, só podem ser realizadas em formato virtual.
Especialistas em saúde ouvidos por EXAME dizem que neste momento, pelo alto número de internações em leitos de UTI e rápida transmissão da doença, o recomendado seria o fechamento das escolas, justamente para frear qualquer tipo de contato.
Ao redor do mundo, vários países adotaram a estratégia de fechar as escolas assim que os primeiros casos de covid-19 foram registrados. Nesta segunda onda, o modelo mais difundido foi o híbrido, com parte de aulas presenciais e parte de forma remota.
A França, por exemplo, fechou bares e restaurantes no começo de janeiro, mas manteve as escolas em funcionamento. O Reino Unido foi na direção oposta e decidiu fechar as escolas, também em janeiro. A previsão é começar a reabertura na próxima semana, mas as novas variantes deixam incerta a decisão.
O país mais rico da Europa, a Alemanha, também fechou as escolas nesta segunda onda de covid-19. Desde a semana passada, começou um processo de reabertura, com a educação primária. As regras sanitárias variam de acordo com a região, algumas adotam o uso obrigatório de máscara e outras não.
Na China, os alunos são testados e podem ficar sem máscara dentro de sala de aula. Caso tenham algum sintoma, é recomendado uma quarentena de pelo menos 10 dias.