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Qual vai ser a cara de SP e dos paulistanos em 2050

Nos próximos 35 anos, paulistanos terão menos filhos e irão viver mais. A partir de 2045, o número de moradores de São Paulo deve começar a diminuir


	Região da Rua 25 de março: São Paulo terá 12,2 milhões de moradores em 2050
 (Marcelo Camargo/ABr)

Região da Rua 25 de março: São Paulo terá 12,2 milhões de moradores em 2050 (Marcelo Camargo/ABr)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 05h12.

São Paulo – Ainda não é possível prever com exatidão como será viver em São Paulo em 2050. Mas já dá para ter uma ideia do perfil dos paulistanos do futuro, segundo estudo da Fundação Seade. Veja algumas características dos moradores da maior metrópole do Brasil daqui 35 anos:  

Os paulistanos serão 12,2 milhões 

A expectativa é de que a população paulistana tenha cerca de 600 mil habitantes a mais do que abriga hoje. Segundo o estudo, em 2050, 12,205 milhões de pessoas estarão morando na cidade. Hoje, são 11,582 milhões.

A Fundação projeta que, a partir de 2045, o ritmo de crescimento populacional de São Paulo – que começou a desacelerar desde a década de 1980 – deve ficar negativo. 

As baixas taxas de fecundidade somadas ao envelhecimento da população e às taxas negativas de migração explicam o cenário. Em 1980, em média, cada mulher paulistana tinha 3,2 filhos. Daqui a 35 anos, a taxa será de 1,6 filho por moradora da cidade. Hoje, o índice é de 1,7 filho.

"Nos últimos anos, o Brasil passou a ter outros polos de desenvolvimento, o que reduziu o número de migrantes para a cidade", afirma Bernadette Waldvogel, gerente de indicadores e estudos populacionais da Fundação Seade. "Como a taxa de fecundidade caiu no Brasil inteiro, o contingente de pessoas para migrar também é menor". 

Os paulistanos irão viver (bem) mais

Em 2050, a expectativa de vida para as mulheres que morarem na cidade será de 84,7 anos. Já os homens devem viver, em média, até os 79,2 anos. Hoje, a expectativa de vida feminina é de 79,5 anos e a masculina, 72 anos.

20% dos paulistanos terão mais de 60 anos

A partir de 2027, São Paulo deve deixar de ser uma cidade com mais crianças do que velhos. Segundo o estudo, em 2030, serão 12 paulistanos com mais de 60 anos contra 10 com menos de 15 anos.

Nas duas décadas seguintes, o número vai subir para 21 idosos contra 10 adolescentes e crianças. Isso significa que, em 2050, 20% dos paulistanos terão mais de 60 anos.

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