São Paulo – Ainda não é possível prever com exatidão como será viver em São Paulo em 2050. Mas já dá para ter uma ideia do perfil dos paulistanos do futuro, segundo estudo da Fundação Seade. Veja algumas características dos moradores da maior metrópole do Brasil daqui 35 anos:
Os paulistanos serão 12,2 milhões
A expectativa é de que a população paulistana tenha cerca de 600 mil habitantes a mais do que abriga hoje. Segundo o estudo, em 2050, 12,205 milhões de pessoas estarão morando na cidade. Hoje, são 11,582 milhões.
A Fundação projeta que, a partir de 2045, o ritmo de crescimento populacional de São Paulo – que começou a desacelerar desde a década de 1980 – deve ficar negativo.
As baixas taxas de fecundidade somadas ao envelhecimento da população e às taxas negativas de migração explicam o cenário. Em 1980, em média, cada mulher paulistana tinha 3,2 filhos. Daqui a 35 anos, a taxa será de 1,6 filho por moradora da cidade. Hoje, o índice é de 1,7 filho.
"Nos últimos anos, o Brasil passou a ter outros polos de desenvolvimento, o que reduziu o número de migrantes para a cidade", afirma Bernadette Waldvogel, gerente de indicadores e estudos populacionais da Fundação Seade. "Como a taxa de fecundidade caiu no Brasil inteiro, o contingente de pessoas para migrar também é menor".
Os paulistanos irão viver (bem) mais
Em 2050, a expectativa de vida para as mulheres que morarem na cidade será de 84,7 anos. Já os homens devem viver, em média, até os 79,2 anos. Hoje, a expectativa de vida feminina é de 79,5 anos e a masculina, 72 anos.
20% dos paulistanos terão mais de 60 anos
A partir de 2027, São Paulo deve deixar de ser uma cidade com mais crianças do que velhos. Segundo o estudo, em 2030, serão 12 paulistanos com mais de 60 anos contra 10 com menos de 15 anos.
Nas duas décadas seguintes, o número vai subir para 21 idosos contra 10 adolescentes e crianças. Isso significa que, em 2050, 20% dos paulistanos terão mais de 60 anos.
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1. Bem-Estar
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São Paulo – Os moradores de Pinheiros são os que se sentem mais
satisfeitos com sua vida, em toda a
cidade de São Paulo. É o que mostra uma
pesquisa divulgada hoje pela Rede Nossa São Paulo e pela Fecomercio, e realizada pelo Ibope. O IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) 2014 é um levantamento que mede o índice de bem-estar dos paulistanos a partir de 25 quesitos, como saúde, educação, trabalho, juventude, habitação e lazer. Segundo a pesquisa, a cidade de São Paulo tem um índice de bem-estar de 5,1 (a medição vai de 0 a 10). A nota subiu em relação à pesquisa de 2013, quando a capital paulista registrou 4,8. Pinheiros, a primeira colocada dentre as regiões, ficou com 6,1 – 1,2 a mais que na pesquisa anterior, quando a região marcou 4,9. A medição por região foi feita com base na divisão de subprefeituras, e algumas subprefeituras foram medidas juntas. Apesar de o primeiro lugar ter ficado com uma subprefeitura da zona oeste, é na zona leste que estão as outras duas regiões com melhor colocação: Penha e Itaim Paulista/ Cidade Tiradentes/ Guaianases. Nos dois casos, a nota também foi 6,1. Na outra ponta, as regiões com pior avaliação de seus moradores ficam principalmente na zona norte. O último lugar ficou com Freguesia do Ó/ Brasilândia, que registrou um índice de 4,7. Considerando todo o município, o quesito com melhor avaliação foi Relações Humanas, que atingiu 6,1, seguido por Religião e Espiritualidade (5,9) e Trabalho (5,8). Já os quesitos com pior avaliação na cidade foram Transparência e Participação Política (3,1), Segurança (3,8) e Desigualdade Social (3,8). Veja abaixo como ficou a nota da capital paulista nos 25 quesitos. Clicando nas fotos acima, você também poderá ver o ranking das regiões da cidade.
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2. Pinheiros (zona oeste) - 6,1
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2/20 (Paulisson Miura/ Flickr/ Creative Commons)
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3. Penha (zona leste) - 6,1
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3/20 (Gabriel de Andrade Fernandes / Flickr / Creative Commons)
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4. Itaim Paulista, Cid.Tiradentes e Guaianases (zona leste) - 6,1
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4/20 (Leimenide /Flick /Creative Commons)
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5. Vila Prudente (zona leste) - 5,6
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5/20 (Diego Torres Silvestre /Flickr /Creative Commons)
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6. Jaçanã, Tremembé, Vila Maria e Vila Guilherme (zona norte) - 5,5
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6/20 (Prefeitura de São Paulo)
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7. Butantã e Lapa (zona oeste) - 5,4
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7/20 (M.J. Ambriola Flickr Creative Commons)
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8. Ermelino Matarazzo e Itaquera (zona leste) - 5,3
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8/20 (Governo do Estado de SP)
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9. Santana e Tucuruvi (zona norte) - 5,2
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9/20 (Humberto do Lago Muller /Domínio Público)
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10. Santo Amaro e Vila Mariana (zona sul) - 5,1
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10/20 (Governo de SP)
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11. Ipiranga e Jabaquara (zona sul) - 5
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11/20 (Eric BC Lim /Flickr /Creative Commons)
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12. São Mateus (zona leste) - 4,9
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12/20 (Divilgação /Subprefeitura de São Mateus)
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13. Aricanduva e Mooca (zona leste) - 4,9
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13/20 (Gabriel de Andrade Fernandes /Flickr /Creative Commons)
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14. Capela do Socorro e Cidade Ademar (zona sul) - 4,8
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14/20 (Zé Carlos Barretta /Flickr /Creative Commons)
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15. Pirituba e Jaraguá (zona norte) - 4,6
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15/20 (Miltn Jung /Flickr /Creative Commons)
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16. Casa Verde (zona norte) - 4,6
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16/20 (Wikicommons)
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17. Campo Limpo (zona sul) - 4,6
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17/20 (Wikicommons)
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18. Perus (zona norte) - 4,3
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18/20 (Gabriel de Andrade Fernandes /Flickr /Creative Commons)
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19. Freguesia do Ó e Brasilândia (zona norte) - 4,1
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19/20 (Avelino Regicida /Creative Commons/Flickr)
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20. Agora veja os melhores e os piores estados do país em condições de vida
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20/20 (Flavio VodSkaMan/SXC)